Pular para o conteúdo principal

Blonde, Frank Ocean

Blonde, Frank Ocean Frank Ocean volta nesse 2016 com um trabalho solo de encher os olhos longos quatro anos anos após Channel Orange, que consta na versão atualizada dos 1001 discos para se ouvir antes de morrer, Blonde, um álbum cheio de nuances eletrônicas ( teve a participação do Jonny Greenwood, um certo Radiohead) e com letras de cunho introspectivo. O álbum tem elementos do R&B e do hip-hop, e foi lançado pelo selo independente do cantor, junto com o álbum visual Endless, (coletânia de sobras, versões e faixas produzidas pó outros artistas) e não foi indicado ao Grammy apesar do lançamento em 20 de agosto (portanto, antes da data de corte do premio musical) por própria escolha do artista que coniventemente com a sua gravadora, não inscreveu o trabalho para apreciação da Academia. Seus colaboradores: gente do naipe de Jamie XX, Rostam Batmangjli na produção da ótima e delicada Ivy ( escolhida pela Rolling Stone uma das musicas que traduziram 2016) Kendrick Lamar de forma não muito expansiva de Skyline To, com produção do parceiro de Odd Future, Tyler, the Creator, Beyoncé em Pink + White que foi produzida por Pharrell Williams, White Ferrari e Seigfried, fragmentos de canções compostas por Elliot Smith e The Beatles, alem de também James Blake, Arca, o próprio Jonny Greenwood, Jazmine Sullivan Sampha e André 3000. Uma grande plêiade de cantores e produtores emolduram o trabalho. Uma obra essencialmente colaborativa. E com samples e adaptações que perpassam por The isley brothers, Steve Wonder e a brasileira Gal Costa. Nights é autobiográfica, sobre a sua vida noturna. White Ferrari, mostra um Ocean atormentado por seu misto de sentimentos. Self Control, sobre um iniciante nas artes sexuais. Fazendo jus ao ano dominado pelos sucessos negros, como The Life of Pablo, ANTI e Lemonade, além do iniciante Chance the Rapper, Ocean escancarou o seu íntimo.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Emicida - DVD "10 anos de Triunfo" - Levanta e Anda part. Rael (Ao Vivo)

Emicida foi uma das maiores promessas que apareceu no rap/ hip e hop brasileiro nos Últimos anos. E o cantor paulista resolve unir forças ao também rapper Rael para fazer um clipe ao vivo, da famosa música de Emicida chamada "Levanta e Anda", clipe publicado no youtube em 23 de fevereiro, e essa faixa faz parte de seu DVD ao vivo 10 anos de Triunfo. Dá para perceber assistindo ao clipe que Emicida está totalmente entregue ao público ao dividir os microfones com o seu companheiro Rael, também paulistano, que aliás está com um CD recente lançado em 2016, chamado "Coisas do meu Imaginário". Segundo fontes, o DVD tem como previsão de data de lançamento abril próximo. As imagens do clipe mostram a dupla cantando a canção" que foi inclusa no CD DE 2013 O Glorioso Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui", de 2013, em show promovido em São Paulo, em 2017. E Emicida pretende assim realizar o primeiro filme de sua carreira. Tem direção de Fred Ouro Preto e aborda ...

Primeiras Impressões: Weezer, (Teal Album)

Ano: 2019 Selo: Atlantic, Crush Gênero: pop, synthpop Boas: Take on Me, Paranoid Nossa Avaliação: Mista A banda norte americana comandada por Rivers Cuomo está fertilíssima nesse ano de 2019, chega com o Teal Album, um álbum de covers, e também com o Black Album, um álbum de originais, produzido pelo baterista Patrick Wilson e contando com o guitarrista Brian Butler Basicamente as canções têm os mesmos arranjos de sempre da Weezer, rock alternativo e pop, mas o diferencial dessa vez é que eles chegam interpretando grandes hinos dos anos 60, 80 e 90 com propriedade e competência na instrumentação, mas na zoeira na interpretação das canções, a começar pela capa, imitando atores do filme Miami Vice no figurino. A canção Africa chega abrindo o álbum, e percebe-se Cuomo se esforçando para dar uma roupagem diferente a esse verdadeiro hino dos 80 famoso na voz de Toto mas a grande verdade é que nada é acrescentado ao que a gente já conhece dessa canção. Logo vem o maior hino do tears f...

As músicas do primeiro semestre de 2017 (às vezes não lançadas como singles) parte 8

Creature Comfort Arcade Fire, do album Everything Now, a ser lançado em 28 de Julho de 2017 Todo mundo sempre soube que a banda indie de Montreal, a parte que fala francês do Canadá, quase sempre flertou com o eletrônico. E tambem com o glam rock e a era disco. No álbum The Suburbs, vencedor do Grammy de 2011, isso já tinha sido evidenciado, mas no seu trabalho Reflektor, isso ficou mais ainda notório, a ponto de terem até chamado David Bowie, icone do Glam Rock das décadas de 70 e 80 par dar uma palhinha. Com canções robóticas ( isso no bom sentido da palavra), futuristas, que iam das influencias caribenhas da vocalista Régine, que passou parte de sua infância no Haiti, á nostálgica Afterlife e a reggueira Flashbulbs Lights, o disco já se mostrava um bom álbum de musica eletrônica, sim. Mas nesse vindouro trabalho_ quando esse texto vem à luz, faltam oito dias para que o álbum seja lançado_ eles resolveram assumir de vez que amam os anos 70 e 80, como a era disco e a era Abba os ma...