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Mostrando postagens de 2018

Primeiras Impressões: Dirty Computer, Janelle Monae

Ano: 2018 Selo: Wondaland/ Bad Boy/ Atlantic Gênero: R&B, Hip Hop, Soul Parece: Sza, Solange Boas: Pynk, Make Me feel, Crazy, Classic, Life. Nossa Avaliação: Positiva Janelle Monáe está de volta após cinco anos do lançamento de seu álbum Electric Lady, e pela primeira vez está com um novo trabalho que não segue o conceito de Cindi Mayweather de seu EP Metrópolis : Suíte ( The Chase) de 2007, e de seus dois primeiros álbuns, The Archandroid e Electric Lady, em uma narrativa atraente distópica, mas estará tratando da alienação que as redes sociais e a robotização causa nos sujeitos, tema muito em voga nos dias atuais. E de sexo, empoderamento feminino e revolta contra a nova onda conservadora nos EUA. Janelle lançou dois ótimos singles para divulgação do trabalho, que já foram analisados em postagens antigas nesse blog, em que trazem influencias da R&B e do soul. E os clipes de divulgação do trabalho são de feições setentistas, bem nostálgicos e na faixa inaugural há a pr

Primeiras Impressões: 7 Beach House

Ano: 2018 Selo: Sub Pop, Bella Union Gênero: Dream Pop, rock alternativo Parece: Grizzly Bear Boas: Dive, Black Car, L’Inconnue. Nossa Avaliação: Positiva. Como o título mesmo faz menção, esse é só o sétimo trabalho de estúdio do duo de dream pop de Baltimore comandado por Alex Scally e Victoria Legrand. E podemos dizer, seguramente esse é o melhor álbum da dupla depois do aclamado Bloom, de 2012. Eles vêm trazendo os mesmos elementos já trabalhados pela banda à exaustão desde os primórdios, mas aqui os temas parecem estar mais coesos e a sonoridade mais próxima do rock alternativo com traços de shoegaze, com que a banda sempre flertou. E percebe-se que a banda, já em seu sétimo álbum de estúdio, se depara com o seu dilema: como se manter inovando e sem recorrer a velhas formas utilizadas ao longo de nossa trajetória? Pergunta que todas as bandas veteranas já devem de ter feito. Na realidade, houve uma troca de produtores. A dupla deu férias a Chris Coady, que vem colabora

Primeiras Impressões: Arctic Monkeys, Tranquility Base Hotel & Casino

Ano: 2018 Selo: Domino Gênero: Rock, pop, eletrônica, lounge pop Parece com: The Last Shadow Puppets Boas: Star Treatment, Four Out Five Nossa Avaliação: Mista Os Arctic Monkeys nos deixaram sem notícia por cinco longos anos, isso depois do lançamento de AM, que é de longe o seu álbum mais conhecido e mais apreciado por pessoas mesmo de fora da sua fã base, por ter trazido elementos de stoner rock ( sabe-se que esse álbum foi co-produzido por Josh Homme, o frontman do Queens of The Stone Age, e a banda se mudou inteira para Los Angeles no processo de composição e de gravação de sua mais nova obra) e músicas pop e de fácil acesso. É na verdade seu álbum mais conhecido fora dos fãs dos primeiros albuns. E, claro, os fãs esperavam um AM 2. Aí quando o álbum sai no Spotify, o que você escuta é “Tranquility Base Hotel & Casino. Como fazemos? Ao que se sabe, Alex Turner, líder dos Arctic, passou por um momento de sua vida tentando aprender a tocar piano. Ele ainda não domina o i

Primeiras Impressões: Viagem ao Coração do Sol, Cordel do Fogo Encantado

Ano: 2018 Selo: Independente Gênero: MPB, Alternativo Boas: Raiar ou o Vingador da Solidão, Liberdade ou a Filha do Vento, Conceição ou do Tambor. Nossa Avaliação: Positiva A Cordel do Fogo encantado é um grupo musical oriundo da cidade de Arcoverde, em Pernambuco. Sabe-se que a cena musical pernambucana tem nos trazido artistas incríveis, exemplos disso Mombojó e Nação Zumbi, e esse estado brasileiro é o berço do Manguebeat, um conjunto de sonoridade única e envolvente que vem encantando publico e crítica ao longo dos anos. No seu início houve uma preocupação com a poesia mas eles descobriram que podiam fazer algo mais pela música e aí está o resultado, essa singularidade musical que lhe é tão própria. Fazendo turnês e participando da trilha sonoras de filmes, por exemplo. E agora nesse inicio de 2018 eles vem com esse trabalho novo, Viagem ao Coração do Sol, em que entregam algo sublime e de bastante qualidade. E vem sedentos por liberdade, palavra que ditou toda a criação a

Primeiras Impressões: Kassin, Relax

Selo: Lab 344 Gênero: MPB, Indie Pop, Alternativo. Boas: O anestesista, Seria o Donut Nossa Avaliação: Positiva Kassin é tido na atualidade como um dos mais versáteis e competentes produtores musicais da atualidade musical brasileira. Foi responsável por exemplo pela bíblia indie Ventura de Los Hermanos E “Sim” de Vanessa da Matta e traz como uma marca sua como produtor poder lidar com as referências disponibilizadas pelos artistas com os quais trabalha e fazer algo consistente disso. Agora, em seu álbum autoral vamos ver se ele lida bem com isso. O que podemos perceber é um misto de Pop, Jovem Guarda, mas não se esquecendo do Soul e do Indie. Elementos presentes em maior número nesse seu trabalho autoral, além de outros em menor escala. Em Relax, ele traz em arranjos e melodias influências da jovem guarda e do pop rock sessentista. O jazz vindo de encontro ao lúdico e ao divertido. Além de referências setentistas que podem ser relacionadas ao Clube da Esquina, por exemplo. O

Primeiras Impressões: Novas Famílias, Marina Lima

Selo: Pomm_elo Lançamento: 2018 Gênero: MBP, pop funk Nossa Avaliação: Positiva Boas: Juntas, Mãe Gentil e Climática. Marina Lima foi uma das musas dos anos 80, e tem hits memoráveis, e parcerias com ídolos oitentistas como por exemplo Lobão, Cazuza, e Lulu Santos. Agora ela está nesse retorno, com um álbum em que a sua fórmula pop não foi de modo nenhum abandonada, mas expandida, pois vem agora com um cunho político, como podemos notar agora em trabalhos como Só os coxinhas, que foi lançado como lead single, em que Marina claramente expõe a sua crítica sóciopolítica com aqueles conhecidos como “reaças” pessoas que saíram ás ruas pedindo a queda do governo populista de 13 anos do PT, funk esse composto com o seu irmão, Antonio Cícero. Nesse novo álbum, o 21 de sua carreira e sete anos após Climax, e produzido por ela junto a nomes como Dustan Gallas (musico da banda cearence Cidadão Instigado) e com a colaboração de Arthur Kunz ( metade da dupla paraense Strobo), insatisfeit

Primeiras Impressões: The Golden Hour Kacey Musgraves

Primeiras Impressões: The Golden Hour Kacey Musgraves Ano: 2018 Selo: MCA Nashville Gênero: Pop, Country, Folk Parece com: Miranda Lambert Boas: Space Cowboy Love is a Wild Thing e Butterflies Nossa Avaliação: Positiva Kacey era no início de sua carreira uma jovem apaixonada que escrevia sobre sussurros românticos no seu álbum de estreia Same Trailer Different Park (2013) amadurecendo no trabalho seguinte, de 2015 Pageant Material, passando do folk para o country pop e agora como uma amadurecida garota casada nesse seu terceiro trabalho de estúdio. The Golden Hour é o novo trabalho de estúdio da cantora norte americana Kacey Musgraves, a qual tem feito em seus trabalhos o que se chama Country Alternativo. E tem como seus gêneros também o psicodélico e o folk. A hora dourada é aquele momento em que o sol começa a pensar em se pôr no entardecer, a hora em que uma fotografia do por do sol fica mais perfeita. E ela vem com essa mudança de sonoridade para emoldurar o seu trabal

Primeiras Impressões: Isolation, Kali Uchis

Ano: 2018 Selo: Rinse Records, Virgin EMI Gênero: R&B e pop Parecidos: SZA, Solange. Boas: After The Storms, In My Dreams, Miami Nossa Avaliação: Positiva Kali Uchis, cujo nome verdadeiro é Karly Marin-Laoiza é nascida na cidade colombiana de Pereira e tem várias ocupações como cantora, compositora, produtora musical, poetisa, e design de moda e já tem folha corrida, como por exemplo uma indicação ao Grammy de 2018 como canção do ano e melhor performance R&B pela participação na canção Get You ao lado de Daniel Casesar, particiapação indicada ao Grammy Latino na canção do Juanes, La Vida ES um Ratico, e está chegando com esse álbum incrível chamado Isolation, em que ela mistura sonoridades do R&B com o soul e o pop. Esse seu trabalho que já não é o primeiro, também por um grande selo, a Universal, houve a divulgação do mesmo através dos singles “Tyrant”, que traz a colaboração com Jorja Smith, “Nuestro Planeta”, com colaboração de Reykon, e “After the Storm”,

Primeiras Impressões: Invasion of Privacy, Cardi B

Selo: Atlantic Ano: 2018 Gênero: R&B, soul e hip hop Parece com: SZA, Migos Boas: Bodak Yellow, Bickenhead Nossa Avaliação: Positiva Cardi B chega fresca e faceira em seu álbum de estreia, chamado Invasion of Privacy, em que ela é adepta de uma sonoridade conhecida como pop rap, mesmo estilo adotado por artistas como SZA, Kelela (essa última experimental) entre outras, mas com uma pitada de R&B, soul ritmos latinos e letras sarcásticas e cheias de ironia. Belcalis Almanzar tem apenas 25 anos, está na sua primeira gravidez, mas chega nesse álbum cheio de histórias para contar e cheia de sarcasmo nessa tentativa de construção de um “eu” e Cardi B se trata de uma personalidade da TV, e já vinha do sucesso do hino rap do verão (palavras do conceituado jornal The New York Times) chamado Bodak Yellow, aliás single de seu trabalho de estreia, e em 2016 ela lança uma mixtape intitulada Gangsta Bitch Music. Começando já por cima_ lembrar que esse álbum veio a público pelo gran

Likke Li adere à onda R&B e hip hop em seu novo álbum: ouçam Deep End e Hard Rain

Nossa Avaliação: Positiva A cantora sueca, conhecida em ótimos trabalhos anteriores como adepta de um estilo dream pop melancólico parece que vai mudar a direção de sua sonoridade em seu novo álbum, o quarto, com o provocativo nome de So Sad So Sexy. Suas novas canções de divulgação do novo trabalho, as sensuais e sedutoras Deep End e Hard End apontam justamente nessa direção, lembrando a sonoridade de artistas como Lorde e até mesmo SZA nessa nova fase. Ao que tudo indica seu novo trabalho, que tem a participação de gente como Jeff Bhasker, Malay T-minus e Rostam, o dream pop contemplativo e etéreo de seus primeiros trabalhos que a associa a cantoras como por exemplo a norueguesa Aurora vai dar entrada á sensualidade da música negra norte americana, como artistas de renome e vasto fandom como Rihanna, por exemplo. Hard Rain tem a participação de artistas como Rostam, na produção, já enumerado em resenha nesse blog, que todos sabem ser ex-integrante da banda novaiorquina The

Florence retorna com música melancólica que a desnuda perante o ouvinte. Ouçam a ótima “Sky Full of Songs”

Nossa Avaliação: Positiva A banda britânica de pop barroco Florence and the Machine está de volta com ótimo single de letra e sonoridade melancólica e só na voz e violão, e com sons orquestrados suaves e etéreos, que vem a inaugurar uma nova fase na carreira deles, após o esfuziante How Big, How Blue How beautiful de 2015. A canção fala sobre carência e desejo de se obter proteção em trechos como por exemplo: Abrace-me, pois estou cansado agora/ Conduza-me ao céu/ Proteja-me , estou exausto agora, / deixe-me onde eu deito-me” Essa canção pode estar dizendo aos nossos ouvidos que toda a pompa adotada no trabalho anterior de Florence Welch e sua trupe pode estar sendo deixada para trás em busca da simplicidade e da introspecção presente na sonoridade e mesmo na lírica adotada nesse single. Mas pode ser somente ilusão, visto que a canção traz em si arranjos orquestrais, tão típico de Florence, ainda que suaves, mas estão presentes nessa lírica tão encantadora e ao mesmo tempo tão

Primeiras Impressões: Twentytwo in Blue, Sunflower Bean

Primeiras Impressões: Twentytwo in Blue, Sunflower Bean Selo: Mom + pop music Gênero: pop psicodélico e indie pop p Parece com: Alvvays, Fleetwood Mac Ouça: Crisis Fest, I was a Fool Nossa Avaliação: Positiva Essa banda de Glen Head, distrito de Nova Iorque e do Brooklin e surgiu com um pouco de alarde no início da década de 2010 e já têm um álbum de estúdio, Human Ceremony, que chegou timidamente mas mostrou ao mundo quem eram as influências deles: gente como David Bowie, Talking Heads e em maior escala, os também nova iorquinos Blondie, e ainda Fleetwood Mac e é composta pelos quase millennials Nick Kivlen, na guitarra e nos vocais, Jacob Faber na bateria e Julia Cumming de baixista e também nos vocais. Esse álbum estabelece a banda de forma mais definitiva e traz ao público quem são as verdadeiras influências deles. A primeira canção por exemplo, Burn It traz nos vocais de Julia claras influências da new wave oitentista, mas com uma roupagem de rock clássico, I was a foo

Primeiras Impressões: Virtue, The Voidz

Selo: Cult Records, via RCA Records Gênero: Pop psicodélico, rock de garagem, indie rock, lo fi Parece com: Gum, Strokes Ouça: Pyramed of Bones, ALLieNNatioN. Nossa Avaliação: Mista The Voidz (Antigo Juinan Casablancas + The Voidz) tem sido considerada uma banda que está vivendo da fama de seu integrante mais famoso, Julian Casablancas, que surgiu na década passada brilhando no The Strokes, banda que ficou conhecida e foi tachada por ser uma das salvadoras do rock millennial. Seu trabalho sempre foi marcado por exageros, mas agora nesse novo trabalho, acertadamente chamado Virtude, essa característica de exagero parece ter sido deixada de lado e está com uma sonoridade mais enxuta e consequentemente mais livre dos arranjos cíclicos pelos quais outrora foram conhecidos. Virtue ainda traz características de sua antiga banda, o The Strokes, mas nesse trabalho Julian parece estar mais focado em criar algo que possa ser considerado mais próprio dessa encarnação, deixando um

Primeiras Impressões: America Utopia, David Byrne

Primeiras Impressões: America Utopia, David Byrne Selo: Todo Mundo, Nonesurch Gênero: pop alternativo, rock alternativo Parecido com: TV on the Radio, Arcade Fire, David Bowie Nossa Avaliação: Positiva O ex- integrante de uma das maiores bandas de new wave de todos os tempos Talking Heads está de volta com esse álbum que traz como tem sido uma constante nos últimos anos, a insatisfação com a América atual e um desejo de que as coisas venham a melhorar. O cantor escocês/norte americano volta após 14 anos de hiato após Grown Backwards, de 2004, e nesse trabalho atual trabalha com Brian Eno, parceiro de longa data. A primeira canção começa com suaves arranjos de piano e a voz de Byrne começa suave, mas logo depois ela adquire uma coloração mais enérgica com guitarras e sintetizadores revoltados. E a letra parece trazer um resumo da temática em que o disco vai atuar, pois necessita de um norte de um lar para continuar a existir. E a faixa fica nesse tom c

Primeiras Impressões: Moby, Everything Was Beautiful, and Nothing Hurt

Selo: Mute Records Lançamento: Dois de Março de 2018 Gênero: Trip Hop, Dance, Eletrônica, ambiente Parece com: Royksopp, Groove Armada Boas: The Ceremony of Innocence, Welcome to the Hard Times Nossa Avaliação: Positiva Moby está de volta com mais uma incursão na música eletrônica com esse novo trabalho de estúdio, intitulado Everything Was Beautiful, and Nothing Hurt, que traz batidas enérgicas de sintetizadores e letras lamentosas sobre caos e o ativismo diante dele. E traz de volta uma característica do americano, que é a de casar perfeitamente eletrônico com o rock e o blues, por exemplo. A primeira canção, chamada Mere Anarchy, traz batidas de sintetizadores e uma atmosfera etérea. A canção é colocada no gênero dance eletrônica facilmente e traz arranjos de sintetizadores que fazem um loop nos nossos ouvidos. E é uma canção que reflete sobre como o nosso mundo de hoje está caótico e esmagador. Na realidade esse décimo quinto trabalho de estúdio de um cara que é DJ, f

Primeiras Impressões: My Dear Melancholy, The Weeknd

Ano de Lançamento: 2018 Selo: XO/ Republic Gênero: R&B, Hip Hop, pop, eletrônica Parece: Frank Ocean, Drake Boas: Hurt You, Call Me O cantor canadense, cujo nome de batismo é Abel Makkonen Tesfaye está de volta. E nesse EP, que sugestivamente se chama My Dear Melancholy, The Weeknd volta à sonoridade e à lírica pungente e amargurada que marca seus primeiros trabalhos, que são justamente os mais aclamados junto á crítica especializada. Esse seu novo trabalho traz justamente todas as amarguras e questionamentos já conhecidos da lírica do artista, já conhecido por misturar bem sucedidamente R&B e música eletrônica, e na primeira faixa traz uma suave introdução de piano, e a voz de Abel aparece bem etérea e logo após o começo traz sintetizadores enérgicos. E são canções de ressentimentos a respeito de relacionamentos passados... E há versos em que ele admite estar errado, por não ter sido recíproco em um relacionamento, como por exemplo em “Nos nos ajudamos um ao outro/

Primeiras Impressões: Boarding House Reach, por Jack White

Selo: Third Men Records/ Columbia /XL Gênero: Blues rock, experimental, folk rock Parece com: The Racounters, The Black Keys Nossa Avaliação: Negativa Boas: Connected by Love, Over Over and Over, Corporation Jack White já provou a todos que é um puta e inventivo arista. Ele vem de dois ótimos trabalhos solo, que conquistou certeiramente público e crítica, os incríveis Blunderbuss, de 2012, e Lazareto, de 2014, além de ter tido uma profícua carreira como a metade do ótimo duo de garage rock The White Stripes e também no The Racounters. Jack sempre pareceu beber em fonte de artistas como por exemplo Jimi Hendrix e Robert Plant, ex de respectivamente The Experienced e Led Zeppelin (esse último inclusive nos vocais). Mas agora, em seu mais recente trabalho de estúdio, o incoerente e caótico Boarding House Reach, ele parece estar tentando nos desafiar a receber de braços abertos um álbum cheio de esboços mal acabados e confusos. É essa a impressão deixada em todos nós que tentamos

Primeiras Impressões: What a Time to Be Alive, Superchunk

Selo: Merge Nossa Avaliação: Positiva Gênero: Hardcore, Rock Alternativo Parece com: Yo la tengo Para ouvir com atenção: What a time to be alive, Reagan Youth A superchunk é uma banda do cenário alternativo americano que é entre outras coisas proprietária do selo independente Merge, que é a gravadora dos quatro primeiros megasucessos da banda canadense Arcade Fire, que brilhou na década passada e no início dessa, que mesmo que agora tenha feito um album de menos qualidade lírica- sonora não, a sonoridade está bem inovadora_ não pode ser esquecido o legado incrível que essa banda de baroque pop deixou aos nossos ouvidos. Mas o foco é a Superchunk, que tem um som que lembra bandas dos anos 90 de alt rock hardcore e punk rock e que vem com esse ótimo album que fala sobre os tempos sombrios que foram instaurados com e eleição inesperada do presidente Trump sempre com guitarras e baixos furiosos. Isso durante míseros 32 minutos e 15 segundos. Uma avalanche de ruídos e de energia

Primeiras Impressões: Superorganism, Superorganism

Selo: Domino Parece com: MGMT, Animal Glass, Passion Pit Nossa avaliação: Positiva Gênero: Indie Pop, Psicodelico Faixas para ouvir com atenção: Everybody want be Famous, Nobody cares A Superorganism é uma brisa de ar fresco no indie pop. A banda, que é conhecida por sua ecleticidade no trato de seus componentes, que constam de Mark David Turner (Emily), Christopher Young (Harry), Timothy "Tim" Shann (Tucan), and Blair Everson (Robert Strange) e mais a oriental Orono Noguchi, de quem constam registros de que tem entre 17 e 18 anos de idade. A banda é britânica, mas Orono, por exemplo, tem cidadania americana, sendo do Maine. A banda tem componentes vindos de países como Nova Zelândia, Coreia do Sul, Japão, Austrália, e Londres, e nos entrega um trabalho com feições grandiosas, é também eclético e plural, com uma sonoridade eletrônica e psicodélica que rompe barreiras satisfatoriamente. O trabalho tem a presença também dos artistas de nome Ruby, B e Soul, e mergul

Superchunk - Cloud of Hate é um clipe forte nas artes visuais e mostra o grotesco que é tema da canção

nossa avaliação: positiva A banda americana Superchunk, que com seu som alternativo coleciona admiradores nos nichos indie e entre outras atividades é dona do selo Merge, que deu amparo ao Arcade Fire nos seus primeiros quatro álbuns, está de volta com a divulgação de seu novo trabalho de estúdio, chamado What a Time to Be Alive, que está tendo uma calorosa recepção da crítica, lançado em 16 de fevereiro. A banda que está prestes a entrar na sua terceira década de vida vem com um clipe para a sua música Cloud of Hate, que fala sobre a fúria de viver no caos dos dias atuais. A música tem guitarras enérgicas e a vocalista Laura Ballance destila ódio pela vida caótica que estamos sendo obrigados a levar pelo excesso, pela rapidez da divulgação de informações e permeada pela tecnologia. Coisa já trabalhada pelos canadenses do Arcade, antes o maior "produto" da Merge. E como não poderia deixar de ser, o clipe que divulga a canção tem feições vanguardistas e as artes visua

Jory e Lulla, mostram o caminho de Perfume Genius cada vez mais para o etéreo e indietrônica

Nossa Avaliação: positiva Perfume Genius, projeto do talentoso americano de ascendência grega Mike Hadreas, está em evidência_ mesmo tendo divulgado seu ótimo recente trabalho, o álbum de dream pop e baroque pop No Shape, que marcou um afastamento do folk dos seus primeiros trabalhos Learning de 2010 e Put Your Back N 2 It de 2012. Seu album esteve nas listas de melhores de 2017 de vários e conceituados órgãos de entretenimento especializados em música. E agora, logo no início de 2018 ele está de volta com duas canções novas ( na verdade, Lulla já é conhecida entre os seus círculo de indies apreciadores de seu relevante trabalho, mas Jory é inédita). Jory traz em seu clipe um belo modelo e sua estética reflete aos anos 80. A canção é etérea e traz arranjos delicados de piano e vozes enevoadas. Nos arranjos minimalistas, ele está claramente influenciado em trabalho de artistas de indietrônica como o norte americano Eluvium, ou o islandês Olafur Arnalds. Traz uma orquestração min

ZHU, Tame Impala - My Life marca parceria entre astros contemporâneos do rock psicodélico e DJ

Nossa Avaliação: mista A bem sucedida banda australiana uniu forças a Zhu, artista de música eletrônica que tem no seu currículo projetos como o Deep House. Disse-se que o produtor e DJ australiano tem uma vida bem discreta e fora dos holofotes por opção própria, não dando entrevistas e não sendo ativo nas redes sociais, algo praticamente impossível em um artista nos dias de hoje. Tem também no seu currículo participações na marshup de Outkast chamada Moves like Mr. Jackson feito em 2014 e logo após isso explode com o seu EP The Nightday, cujo primeiro single, Faded, o colocou na rota dos principais músicos de EDM do Reino unido. Mas agora depois de ter feito essa parceria com o Tame Impala, uma banda de rock psicodélico e art rock das mais prestigiadas e elogiadas pela crítica da atualidade, já se sabe que vai ser difícil manter o anonimato daqui para frente. A canção traz em sua introdução batidas enérgicas de sintetizadores e a voz de Kevin Parker domina logo a seguir uma ca

Primeiras Impressões: Taurina, Anelis Assumpção

Selo: Pomm_elo / Scubidu Gênero: Samba, MPB, pop Nossa avaliação: positiva Faixas principais: Chá de Jasmin, Escalofobética, Pastel de Vento Parece com: Céu, Tulipa Ruiz A filha de Itamar Assumpção, que foi um dos nomes mais importantes da Vanguarda Paulistana, um movimento musical que reinou absoluto na cena alternativa e independente paulistana entre os anos de 1980 e 1990 e falecido em 2003 está de volta com um interessante álbum, seu terceiro, chamado Taurina que é uma referência ao signo da artista (nascida em 16 de maio) e na nossa opinião um dos mais introspectivos de sua carreira curta mas já seminal. A primeira faixa, chamada Mergulho Interior, tem arranjos delicados que remetem ao folk, bem indie pop, feito com cordas, e a letra é bem introspectiva e o clipe para divulgação da faixa mostra uma figura feminina em um campo de flores, remetendo à delicadeza e ao intimismo da faixa. E convida a quem está ao seu lado a divagar pelo eu interior, divagando sobre auto aju

Over and Over and Over traz o Jack White punk dos White Stripes

Jack White continua forme na sua decisão de divulgar seu vindouro album Boarding House Reach. Mas está explicado o retorno às raízes do premiado músico do Michigan que na década passada arrasou com um som de garagem e só na base do baixo ao lado de sua companheira de banda Meg White, (por onde anda?) que agia na cozinha. Segundo fontes a canção ele gravou para para fazer parte de seu repertório da banda, mas nunca foi lançada. White resolveu lançar agora para o seu próximo álbum essa canção de arranjos e melodia acelerados bem rápida mesmo feita na base do baixo. A canção já traz consigo 13 anos de vida. Ela foi gravada pelos Recounters e também esteve cogitada para ser lançada em uma provável parceria com o rapper Jay Z. Sempre minimalista, salvo na fase Elephant de 2003, ficou mais elaborado e pomposo na sua trajetÓria como artista solo. O álbum tem lançamento para o próximo dia 23 de março e será divulgado durante um show ao vivo, o NOS Alive, em Algés, Portugal, no dia 14 d

Primeiras Impressões: Always Ascending, Franz Ferdinand

Selo: Domino Lançamento: 09 de fevereiro de 2018 Synthpop, dance rock, pop, Nossa avaliação: mista Ouça: Lois Lane, Feel the love go e Always Ascending Lembra: Arctic Monkeys, Bloc Party A banda escocesa, que brilhou na década passada ao incorporar ao seu som alternativo elementos do pós punk de bandas como Talking Heads, Gang of Four e elementos do glam rock, como o classicão do camaleão do rock David Bowie, Let´s Dance de 1983, está de volta em 2018 com esse novo álbum, que dá sequencia ao prestigiado Right Thoughts, Right Words e Right Action de 2013. A faixa título traz sintetizadores e vozes aspiradas, e começa suave, e vai se tornando mais intensa com o passar do tempo. Foi lançada como single líder em 25 de outubro de 2017 e como as demais canções do álbum, traz influências setentistas, oitentistas e do glam rock além de trazer uma letra bem introspectiva. Traz uma característica de ser uma canção de synthpop mas sem deixar de ser rock alternativo. E ainda o álbum

Emicida - DVD "10 anos de Triunfo" - Levanta e Anda part. Rael (Ao Vivo)

Emicida foi uma das maiores promessas que apareceu no rap/ hip e hop brasileiro nos Últimos anos. E o cantor paulista resolve unir forças ao também rapper Rael para fazer um clipe ao vivo, da famosa música de Emicida chamada "Levanta e Anda", clipe publicado no youtube em 23 de fevereiro, e essa faixa faz parte de seu DVD ao vivo 10 anos de Triunfo. Dá para perceber assistindo ao clipe que Emicida está totalmente entregue ao público ao dividir os microfones com o seu companheiro Rael, também paulistano, que aliás está com um CD recente lançado em 2016, chamado "Coisas do meu Imaginário". Segundo fontes, o DVD tem como previsão de data de lançamento abril próximo. As imagens do clipe mostram a dupla cantando a canção" que foi inclusa no CD DE 2013 O Glorioso Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui", de 2013, em show promovido em São Paulo, em 2017. E Emicida pretende assim realizar o primeiro filme de sua carreira. Tem direção de Fred Ouro Preto e aborda

Janelle Monáe – Django Jane e Make me Feel

Janelle Monae está na área ás voltas com a divulgação de duas novas músicas de trabalho, que farão parte de seu terceiro album de estúdio, que se chamará Dirty Computer, que tem data de lançamento para o próximo dia 27 de abril. Essa primeira canção, que tem um clipe no qual ela mostra (lembrando que no clipe há a presença de apenas mulheres) todo o luxo e todo o esplendor da cultura do rap/ hip hop, e também o empoderamento feminino, sabemos que era um terreno melódico e sonoro no qual ela não se aventurou tanto nos dois ótimos álbuns anteriores de estúdio, The Archandroid (2010) e Electric Lady (2013). Na letra de Django Jane, há muitas referências ao universo tão peculiar a Janelle, como por exemplo Wondaland, que todos que acompanham a carreira de Janelle há um determinado tempo saber se tratar do seu estúdio de gravações, e inclusive ela cita na letra Archandroid, título de seu álbum de estreia. Há uma clara influência nos arranjos da canção de rappers em voga nos dias de