Pular para o conteúdo principal

Primeiras Impressões: Twentytwo in Blue, Sunflower Bean

Primeiras Impressões: Twentytwo in Blue, Sunflower Bean
Selo: Mom + pop music
Gênero: pop psicodélico e indie pop
p
Parece com: Alvvays, Fleetwood Mac
Ouça: Crisis Fest, I was a Fool
Nossa Avaliação: Positiva

Essa banda de Glen Head, distrito de Nova Iorque e do Brooklin e surgiu com um pouco de alarde no início da década de 2010 e já têm um álbum de estúdio, Human Ceremony, que chegou timidamente mas mostrou ao mundo quem eram as influências deles: gente como David Bowie, Talking Heads e em maior escala, os também nova iorquinos Blondie, e ainda Fleetwood Mac e é composta pelos quase millennials Nick Kivlen, na guitarra e nos vocais, Jacob Faber na bateria e Julia Cumming de baixista e também nos vocais.
Esse álbum estabelece a banda de forma mais definitiva e traz ao público quem são as verdadeiras influências deles. A primeira canção por exemplo, Burn It traz nos vocais de Julia claras influências da new wave oitentista, mas com uma roupagem de rock clássico, I was a fool é uma canção com arranjos de indie pop que traz em sua letra desabafo sobre como às vezes podemos ser trouxas ao priorizar um relacionamento em detrimento de nossos sentimentos, e conta com um vocal charmosamente compartilhado entre os dois vocalistas. Twentytwo é talvez uma das canções mais introspectivas do álbum. Sempre na base do violão com suaves sintetizadores é sobre amadurecimento e de como os acontecimentos trazem um fortalecimento das nossas fraquezas conforme vamos envelhecendo e adquirindo experiência.
Crisis Fest foi co produzida por Matt Molnar e pelo integrante do Unknown Mortal Orchestra Jacob Portrait, e traz para seus ouvintes a canção mais bem caracterizada como uma canção de indie rock e traz uma temática muito nostálgica.
Pode-se dizer que esse álbum é bem menos voltado para o pop psicodélico, que o trabalho anterior deles, Human Ceremony, mas ainda estão muito calcados no pop rock de determinados artistas dos anos 80 e 90, também na temática escolhida mas sempre olhando para a aurora do hippie, anos 60 e 70.
A influência nos arranjos e melodias pode se espraiar de influencias de bandas como Beach House, Alvvays por exemplo, e é um álbum também de reflexão, pois estão todos com 22 anos, já passaram da aurora da vida e começam as preocupações com problemas típicos da vida adulta , e é sobre isso que essas letras retratam.
Lembrando que a banda tem potencial para figurar entre os protagonistas indie daqui em diante, mesmo com essa roupagem tão Fleetwood Mac, somando o hippie ao moderno e contemporâneo.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Emicida - DVD "10 anos de Triunfo" - Levanta e Anda part. Rael (Ao Vivo)

Emicida foi uma das maiores promessas que apareceu no rap/ hip e hop brasileiro nos Últimos anos. E o cantor paulista resolve unir forças ao também rapper Rael para fazer um clipe ao vivo, da famosa música de Emicida chamada "Levanta e Anda", clipe publicado no youtube em 23 de fevereiro, e essa faixa faz parte de seu DVD ao vivo 10 anos de Triunfo. Dá para perceber assistindo ao clipe que Emicida está totalmente entregue ao público ao dividir os microfones com o seu companheiro Rael, também paulistano, que aliás está com um CD recente lançado em 2016, chamado "Coisas do meu Imaginário". Segundo fontes, o DVD tem como previsão de data de lançamento abril próximo. As imagens do clipe mostram a dupla cantando a canção" que foi inclusa no CD DE 2013 O Glorioso Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui", de 2013, em show promovido em São Paulo, em 2017. E Emicida pretende assim realizar o primeiro filme de sua carreira. Tem direção de Fred Ouro Preto e aborda ...

Primeiras Impressões: Weezer, (Teal Album)

Ano: 2019 Selo: Atlantic, Crush Gênero: pop, synthpop Boas: Take on Me, Paranoid Nossa Avaliação: Mista A banda norte americana comandada por Rivers Cuomo está fertilíssima nesse ano de 2019, chega com o Teal Album, um álbum de covers, e também com o Black Album, um álbum de originais, produzido pelo baterista Patrick Wilson e contando com o guitarrista Brian Butler Basicamente as canções têm os mesmos arranjos de sempre da Weezer, rock alternativo e pop, mas o diferencial dessa vez é que eles chegam interpretando grandes hinos dos anos 60, 80 e 90 com propriedade e competência na instrumentação, mas na zoeira na interpretação das canções, a começar pela capa, imitando atores do filme Miami Vice no figurino. A canção Africa chega abrindo o álbum, e percebe-se Cuomo se esforçando para dar uma roupagem diferente a esse verdadeiro hino dos 80 famoso na voz de Toto mas a grande verdade é que nada é acrescentado ao que a gente já conhece dessa canção. Logo vem o maior hino do tears f...

As músicas do primeiro semestre de 2017 (às vezes não lançadas como singles) parte 8

Creature Comfort Arcade Fire, do album Everything Now, a ser lançado em 28 de Julho de 2017 Todo mundo sempre soube que a banda indie de Montreal, a parte que fala francês do Canadá, quase sempre flertou com o eletrônico. E tambem com o glam rock e a era disco. No álbum The Suburbs, vencedor do Grammy de 2011, isso já tinha sido evidenciado, mas no seu trabalho Reflektor, isso ficou mais ainda notório, a ponto de terem até chamado David Bowie, icone do Glam Rock das décadas de 70 e 80 par dar uma palhinha. Com canções robóticas ( isso no bom sentido da palavra), futuristas, que iam das influencias caribenhas da vocalista Régine, que passou parte de sua infância no Haiti, á nostálgica Afterlife e a reggueira Flashbulbs Lights, o disco já se mostrava um bom álbum de musica eletrônica, sim. Mas nesse vindouro trabalho_ quando esse texto vem à luz, faltam oito dias para que o álbum seja lançado_ eles resolveram assumir de vez que amam os anos 70 e 80, como a era disco e a era Abba os ma...