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As músicas de 2016 parte II

Daydreaming, Radiohead, A moon shaped pool Radiohead está de volta á baila depois de quarto anos de hiato, após o lançamento do hermético e inacessível The King of Limbs, e traz como single essa canção, que pode ser classificada como alternativo, psicodélico e experimental. Se trata de uma canção que está verdadeiramente disposta a mostrar o sufocamento e a depressão desse trabalho, que assim como o Ghost Stories do Coldplay, se ancora na separação de Yorke da artista plástica Rachel Owen, sua companheira durante longos 23 anos. Essa canção traduz um momento de depressão profunda com som de piano, e muit melancolia que vem sendo trabalhado pelo Radiohead ao longo de quase toda a sua discografia. Possui um conjunto de arranjos e barulhos, como o de alguém respirando em uma mascara de oxigênio, que remete ao quanto a tristeza e a melancolia podem vir a sufocar. Trata-se de uma canção com aspecto etéreo e muito instável, que remete e um zig zag que nos leva a uma montanha russa bipolar. Essa canção ganhou um belo vídeo dirigido por Paul Thomas Anderson, e há alusões ao Mito da Caverna de Platão até A Caverna, de José Saramago. E também referencias a recente separação matrimonial de Yorke com Rachel Owen. ( em que ele diz metade da vida, pois viveu 23 anos de seus 47 com ela) sempre tratando de referencias etéreas e paisagens invertidas. E dá para ouvir alem do piano um violão super sutil que parece ser tocado embaixo d’agua. Nota: 90 Burn The Witch, Radiohead, A moon Shaped Pool Essa canção abre o dito A Moon com maestria, e descamba para o rock alternativo, mas tem também arranjos referentes a som de orquestra em seu corpo. Essa canção ganhou um vídeo bastante interessante, do qual já foi falado nesse blog, e se trata de uma musica de acordes simplórios, mas tal simplicidade não pode ser levada em total conta, pois se trata de uma canção muito tensa. O clipe tem estilo Trumpton, que é uma serie inglesa dos anos 60 desagua no filme inglês O Sacrificio ( The Wicker Man, 1973) mas pode ser uma referencia ao Donald Trump político odiado de dez em dez pessoas que se preocupem com o futuro dos EUA por ter propostas muito retrogradadas. Os mais apressadinhos disseram que o vídeo trazia uma referencia aos refugiados do Oriente Médio na Europa, fazendo que se começassem uma verdadeira caça as bruxas contra essas pessoas que geravam medo e paranoia. Que aliais é um dos principais ingredientes dessa musica. Ou um combate a quem tenta ignorar o que acontece ao seu redor e prefere ficar de mãos atadas e não fazer nada. E os arranjos ficam mais intensos quando eles emolduram os versos: “Abandone toda razão.” De propósito, para enaltecer a critica. Nota: 85 Formation, Beyoncé, Lemonade Essa canção, que foi um dos carros chefe de divulgação do ótimo álbum visual de Beyoncé, lançado em abril de 2016, traz criticas ferrenhas a situação negra nos EUA. E mostra que apesar de ela ter “vencido na vida” por sua arte, ela está mega antenada com as injustiças que as pessoas ainda sofrem nos recônditos dos “guetos” que ainda existem nesse pais, com feridas raciais tão mal curadas ainda. O clipe foi dirigido pela própria Beyoncé, e traz analogias entre os maus-tratos sofridos pelos negros na época da escravidão e a violência nas ruas atualmente. A letra traz um grito de orgulho e de representatividade, em reposta aos ataques racistas sofridos pela cantora e pelos negros constantemente. Lembre-se que o clipe foi gravado em New Orleans, no estado da Lousiana, o centro do racismo. Onde ocorreu a Klux Klux Klan segregação racial e ataque aos negros diariamente. A canção faz referencias a eventos históricos da comunidade negra nos EUA, questionando “ What happened after New Orleans? Com a voz de Messya Mya, um famoso vlogger morto em NO ao sair de um chá de bebê com sua namorada há pouco mais de seis anos... Depois de um episódio com a sua filha, em que um homem fez uma petição para que ela penteasse o cabelo da menina, Beyoncé reforça mais na letra da musica o orgulho dos traços negros. E mais adiante cita os Jackson Five em que diz: Gosto de meu nariz negro com narinas Jackson 5... Com isso, ela prova que a musica negra é um ato político, e de divulgação da negritude, ou seja um ato de mostrar que ser negro é um ato de orgulho e de resistência. Nota: 95 6 inch Beyoncé feat The Weeknd, Lemonade Beyoncé foi longe demais com esse álbum Lemonade. Ela continua, de certa forma, o que Lauryn Hill tinh começado. Com essa canção, que se trata de uma parceria com o prestigiado The Weeknd que genialmente mescla r&b com musica eletrônica, essa canção, que traz também influencia do hip hop, contem um sample do musico americano de soul Isaac Hays chamada Walk on Baby, gravada originalmente por Dione Warwick no final dos anos 60. Trata-se de uma canção sombria e sensual. A canção fala de uma garota de vida livre, poderosa e descolada que vai andando por um clube pouco se importando com o que venham a pensar sobre ela. Comete um assalto, e a pessoa que foi testemunha desse ato é quem canta a canção. “She works for the money” é reiterado todo o tempo na canção, pois se trata de uma garota que comete atos ilícitos por grana. E tem uma moto vinda do Japão, uma Yamazaki. E que luta pelo poder “ She fights for the power, she grinds day and night, she grinds for Money and Friday, works from Friday to Sunday.” Mas apesar disso, sempre volta para ele. O titulo da canção é traduzido seis polegadas, e faz uma referencia ao salto alto, pois seis polegadas é o tamanho ideal de salto, e é uma referencia ao empoderamento feminino... Coisa que Beyoncé sempre reitera em seus discos, pois a própria é símbolo mor disso. Nota: 80

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