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As músicas de 2016 parte 1

Kiss it Better, Rihanna Uma canção com o melhor do R&B que Rihanna pode fazer. Se trata de uma balada, com introdução de baixo elétrico e com um apelo que só uma canção de qualidade consegue ter. Fala do que o cara deve de fazer para tê-la de volta depois de uma grande decepção. Pede para que ele se esforce e que dê o seu melhor... E a canção começa de uma forma bem nostálgica, pois fala de um por do sol em que eles costumavam ser felizes. E questiona o fato de essas sensações serem efêmeras como uma droga que embriaga mas faz mal, como na passagem “Que se importa que a sensação se pareça com o crack? (...) Cara, foda-se o seu orgulho apenas leve ele nas costas.” Para ela, o motivo de as coisas terem dado errado foi o fato do parceiro não querer dar o seu braço a torcer.... Work Rihanna feat Drake Work tem sido uma das faixas mais executadas nas rádios e corre um grande risco de estar no Grammy como Gravação do Ano, ou mesmo como musica do ano. A canção tem tudo para ter esse desempenho: um ritmo que funde funk, rap e R&B de forma frenética e para coroar, um refrão grudento que entra em sua mente e de lá não sai nem por decreto. A letra também segue esse ritmo frenético e se trata de uma critica, pois alguém a manda trabalhar para que deixe de ter tempo para ficar fazendo sacanagem. E toda essa tentativa de tentá-la colocar nos eixos só acaba entediando-a que a leva a querer abandoná-lo. Tem um apelo radiofônico que dificilmente estará fora das competições de prêmios de musica por ai afora. Lazarus, David Bowie É a canção mais contundente do álbum, em que realmente fica evidente que Bowie estava deixando o seu testamento... Trata-se de uma musica de sonoridade próxima do jazz, aliais como em todo álbum ocorre, e o Lazarus, personagem bíblica, pode se dizer que fosse o próprio artista, pois fala de paraíso (heavan), e o drama em que sempre tentou parecer que vivia_ não se esqueçam que ele era ator, e dos bons_ fica evidenciado nessa to melancólica letra, dramaticidade que sempre esteve presente no seu ser.... Ele declara que “todos me conhecem agora”, o que pode remeter que ele estivesse com a certeza de que agora finalmente sua obra seria (re)conhecida. Libertação, que poderia ser traduzida pela imagem de um pássaro, que no seu voar se tornou livre... E o clipe, há referencia, nos botões que ele usa nos olhos, na faixa, a Caronte, o condutor das almas ao Hades. Ele prenunciou sua morte da forma mais poética possível... Portuguese Knife Fight, Cage the Elephant É a canção em que o grupo se liberta mais da influencia de Dan Auerbach e se torna simplesmente Cage The Elephant. Com o som e com os vocais de Matt Shultz mais e mais próximos de Iggy Pop, rasgados como tal, se trata de uma canção com guitarras mais nervosas e próximas do som de garagem que vem acompanhando essa banda desde seu surgimento, em 2006. Em que o eu lírico diz que quer gastar seu tempo com a pessoa amada, e com esse refrão grudento essa canção vai se fazendo, e se torna um encanto, simples, mas interessante, e que remete aos CTE do primórdios, que eram eles mesmos... Seria uma canção que agradaria em cheio o fãs do início dessa banda. No More Parties in LA Kanye West feat Kendrick Lamar O álbum de Kanye West mudou de nome não sei quantas vezes, mas pode se dizer que pelo menos essa canção é bem coesa. Conta com a participação de Kendrick Lamar, que vem colhendo ótimos frutos do seu Umastered Released, que foi “restos” (?) de To Pimp a Butterfly, que perdeu o Grammy para o não tão espetacular álbum da Taylor, e como tudo feito por West, foi feita para nos fazer pensar. Tem uma batida frenética, e como sempre vai destilando a sua critica social em cima de letras pesadas que desabafam todo o seu tédio e toda a sua condenação sobre a forma como as classes sociais menos favorecidas quase sempre acabam sendo tratadas... A canção fala basicamente sobre todos os problemas que pode rolar em uma cidade do porte de LA, como drogas, violência, assaltos. É um clichê que funciona muito bem, e uma lírica agressiva que diz a que Kanye West veio... E com vozes sussurrando o quanto morar em LA pode ser sofrido... e sedutor...

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