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Os albuns top de 2014 parte 2 Royal Blood autointitulado

Outra ausência do Grammy 2015 na categoria artista novo. Mas deixa quieto. Esse duo britânico pode não estar fazendo nada de novo, é verdade_ na verdade soa nervoso como os White Stripes no seus melhores dias, é verdade, e um pouco como Queens of the Stone Age, mas a grande verdade é que o som deles só a base de bateria e de baixo_ e os White só usavam guitarra e bateria, né?_ é bastante interessante, a ponto de ter arrancado elogios de tarimbados como Jimmy Page. Vamos lá analisar esse álbum estupendo. A faixa Out to the Back começa com uma bateria nervosa e fala sobre o fato de se sentir aliviado por ter saído do luto ao ter conseguido conquistar a pessoa amada. E que esse fato lhe deu convulsões, de prazer. “Como me senti aliviado no dia em que te peguei Saído da depressão E rompi sua pele e agitei-me todo Cada parte de mim e cada parte de ti” E fizeram votos de não se separar. Essa canção já aparecia no EP de mesmo nome e eles espertamente, a colocaram no álbum também. Come on over, fala de uma viagem que ele está fazendo, louca e sem rumo, metáfora para os problemas que ele tem enfrentado em sua vida. “Eu estou num trem sem destino; fugindo de seus cuidados; essa não é minha casa, e nem o seu lar; mas não me sinto só.” E a convida para fugir com ele. E ainda duvida da existência de Deus. “Não há Deus e isso não me importa.” Figure it Out, é minha faixa preferida. Ela começa com um rife de baixo. E relata sobre a tentativa do eu lírico de se adaptar ao mundo que o cerca. “Nada melhor para fazer; quando estou grudado em você; eu eu tentando me ajustar.” You so Cruel, é sobre o desprezo de amar sem ser correspondido, e o quanto a pessoa amada não lhe da nenhum tipo de valor, sendo cruel com ele. Mas pode ser interpretado como a crueldade do mundo ou mesmo da vida com ele. “Você é cruel demais; de uma forma que nunca eu vi; cruel, mundo cruel.” Blood Hands é outra faixa de destaque. O baixo emoldura essa canção, que fala sobre mais uma vez sobre se rebaixar para quem não nos dá o devido valor. “Transformo a sua água em vinho; enquanto perco o meu precioso tempo contigo.” Little Monster, o carro chefe do disco, é sobre o amar sem resposta. “Ei pequeno monstro, você sabe que está tudo bem; vou te amar independente do que você diga.” Loose Change tem um resquício de Ziggy Stardust, e relata sobre a luta eterna contra os nossos problemas. Careless, também uma faixa da que eu gosto bastante, brada a plenos pulmões que ele queria ser cuidado por alguém e que está cansado de viver por viver. “Eu gostaria de estar sendo cuidado, mas temo que não; você sabe disso ; e não vai mudar de opinião.” E diz que vai esperar até o dia em que estiverem mortos para a pessoa amada finalmente ter notado esse fato. Tem Tone Skeleton é provavelmente a faixa mais pop. E fala sobre o fato de ter sido explorado por quem mais deveria de ter tomado conta dele. E a faixa derradeira, Better Strangers, é pop também, e relata sobre como é querer que alguém se importe conosco. Em uma época em que o indie caminha tanto na direção dos sintetizadores, foi uma grata surpresa ver uma banda nova com tanto baixo e bateria. O fato de os EUA, e o Grammy não os ter reconhecido ainda é só uma questão de tempo. Talvez por eles lembrarem tanto White Stripes e The Black Keys. Nota: 8.0

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