Outra ausência do Grammy 2015 na categoria artista novo. Mas deixa quieto. Esse duo britânico pode não estar fazendo nada de novo, é verdade_ na verdade soa nervoso como os White Stripes no seus melhores dias, é verdade, e um pouco como Queens of the Stone Age, mas a grande verdade é que o som deles só a base de bateria e de baixo_ e os White só usavam guitarra e bateria, né?_ é bastante interessante, a ponto de ter arrancado elogios de tarimbados como Jimmy Page. Vamos lá analisar esse álbum estupendo.
A faixa Out to the Back começa com uma bateria nervosa e fala sobre o fato de se sentir aliviado por ter saído do luto ao ter conseguido conquistar a pessoa amada. E que esse fato lhe deu convulsões, de prazer.
“Como me senti aliviado no dia em que te peguei
Saído da depressão
E rompi sua pele e agitei-me todo
Cada parte de mim e cada parte de ti”
E fizeram votos de não se separar.
Essa canção já aparecia no EP de mesmo nome e eles espertamente, a colocaram no álbum também.
Come on over, fala de uma viagem que ele está fazendo, louca e sem rumo, metáfora para os problemas que ele tem enfrentado em sua vida.
“Eu estou num trem sem destino; fugindo de seus cuidados; essa não é minha casa, e nem o seu lar; mas não me sinto só.”
E a convida para fugir com ele. E ainda duvida da existência de Deus.
“Não há Deus e isso não me importa.”
Figure it Out, é minha faixa preferida. Ela começa com um rife de baixo. E relata sobre a tentativa do eu lírico de se adaptar ao mundo que o cerca.
“Nada melhor para fazer; quando estou grudado em você; eu eu tentando me ajustar.”
You so Cruel, é sobre o desprezo de amar sem ser correspondido, e o quanto a pessoa amada não lhe da nenhum tipo de valor, sendo cruel com ele. Mas pode ser interpretado como a crueldade do mundo ou mesmo da vida com ele.
“Você é cruel demais; de uma forma que nunca eu vi; cruel, mundo cruel.”
Blood Hands é outra faixa de destaque. O baixo emoldura essa canção, que fala sobre mais uma vez sobre se rebaixar para quem não nos dá o devido valor.
“Transformo a sua água em vinho; enquanto perco o meu precioso tempo contigo.”
Little Monster, o carro chefe do disco, é sobre o amar sem resposta.
“Ei pequeno monstro, você sabe que está tudo bem; vou te amar independente do que você diga.”
Loose Change tem um resquício de Ziggy Stardust, e relata sobre a luta eterna contra os nossos problemas.
Careless, também uma faixa da que eu gosto bastante, brada a plenos pulmões que ele queria ser cuidado por alguém e que está cansado de viver por viver.
“Eu gostaria de estar sendo cuidado, mas temo que não; você sabe disso ; e não vai mudar de opinião.”
E diz que vai esperar até o dia em que estiverem mortos para a pessoa amada finalmente ter notado esse fato.
Tem Tone Skeleton é provavelmente a faixa mais pop. E fala sobre o fato de ter sido explorado por quem mais deveria de ter tomado conta dele.
E a faixa derradeira, Better Strangers, é pop também, e relata sobre como é querer que alguém se importe conosco.
Em uma época em que o indie caminha tanto na direção dos sintetizadores, foi uma grata surpresa ver uma banda nova com tanto baixo e bateria. O fato de os EUA, e o Grammy não os ter reconhecido ainda é só uma questão de tempo. Talvez por eles lembrarem tanto White Stripes e The Black Keys.
Nota: 8.0
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