O ano já está terminando e aqui eu concluo as resenhas dos álbuns mais incríveis desse ano que já quase se despede de nós.
LP1, Fka Twigs
A revelação britânica da musica eletrônica ficou, inexplicavelmente, fora da seleção do Melhor Artista Novo do Grammy. Mas tudo bem. O que importa é que o seu disco é essencial para quem aprecia a boa musica.
A primeira faixa, Preface, já começa com a voz aspirada de Fka, que lembra canto gregoriano, com batidas fortes de sintetizadores, e com backing vocals bem vigorosos. A letra, é de rara qualidade vista hoje em dia, e sombria: Eu amo a qualquer um, mas não a mim.”
Lights On, a segunda, começa lenta, e a sua voz aspirada já dá o tom da conversa; em que ela confessa que sente vergonha em sentir esperança de poder compartilhar seu mundo com a pessoa amada; e ela acredita que pode sim construir uma relação prazerosa com essa pessoa. Em Two Weeks, ela promete a pessoa trata-la melhor que a namorada anterior dele e que sonha em ser importante para ele e se comporta como se fosse a sua mãe, inclusive em uma metáfora o incitando a amamentar-se dela; em Hours, ela diz se esforçar ao máximo para atender as demandas dele; em Pendulum, sem duvida a faixa mais sombria do álbum, ela argumenta sobre o quanto é difícil se adaptar as vontades dele e no quanto tenta ser doce para se adaptar as essas mesmas vontades “Eu tenho tempo, mas você parece cansado de esperar; você me quer apenas preenchendo espaços em aberto; não pode preenche-los com outras pessoas; eu não conheço essa pessoa”
Video Girl, que foi o single do álbum, fala sobre o showbizz ao qual as celebridades estão submetidas no dia hoje, de forma bem humorada e bem realista.
Numbers, a minha faixa preferida, com sintetizadores hipnotizantes, é uma critica ao descaso da pessoa amada com o eu-lírico da musica: “Eu era apenas um número para você? Uma garota solitária na luta? A noite, eu lhe tenho uma questão: A noite você quer viver ou morrer?”
A suplica continua “Você vai me machucar? Você vai me fazer chorar?”
Closer, a faixa seguinte, tem um leve toque de hip hop e diz do tédio que é estar sempre seguindo a pessoa amada sem ter nenhum tipo de reconhecimento. Mas ainda assim, ela promete estar sempre por perto quando for solicitada.
Em Give Up, ela se desabafa que não vai se conformar se a outra parte vier a desistir dela. “ Eu não vou largar se você desistir”
A ultima faixa, também recheada de sintetizadores, ela fecha com chave de ouro um álbum confessional dizendo: “Quando eu estou só; não preciso de você.”
Engraçado é que o album Beyonce é muito semelhante a esse na sonoridade e na temática e foi laureado com a indicação a album do ano. E o Grammy nem sequer menciona Twigs... Vai entender.
Nota: 9,0
Emicida foi uma das maiores promessas que apareceu no rap/ hip e hop brasileiro nos Últimos anos. E o cantor paulista resolve unir forças ao também rapper Rael para fazer um clipe ao vivo, da famosa música de Emicida chamada "Levanta e Anda", clipe publicado no youtube em 23 de fevereiro, e essa faixa faz parte de seu DVD ao vivo 10 anos de Triunfo. Dá para perceber assistindo ao clipe que Emicida está totalmente entregue ao público ao dividir os microfones com o seu companheiro Rael, também paulistano, que aliás está com um CD recente lançado em 2016, chamado "Coisas do meu Imaginário". Segundo fontes, o DVD tem como previsão de data de lançamento abril próximo. As imagens do clipe mostram a dupla cantando a canção" que foi inclusa no CD DE 2013 O Glorioso Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui", de 2013, em show promovido em São Paulo, em 2017. E Emicida pretende assim realizar o primeiro filme de sua carreira. Tem direção de Fred Ouro Preto e aborda
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