Pular para o conteúdo principal

Albuns top de 2014 parte 2 Beyoncé autointitulado

Queen Bey é uma artista que já fez maravilhas na musica, aclamada com uma das maiores quantidades de indicações ao Grammy da historia do prêmio da industria fonográfica_ o seu álbum I Am ... Sasha Fierce é um de seus melhores. Ou era. A grande verdade é que depois de “Beyoncé” seu álbum intitulado lançado em 13 de dezembro de 2013 ( e cotado aqui pois a sua repercursão foi toda durante o ano de 2014) vai ser difícil ela fabricar algo tão envolvente e tão de suprema qualidade. Se até aqui ela estava ancorada no r&b, dessa vez Beyoncé resolve mergulhar fundo na musica eletrônica, e seu álbum lembra uma mistura de Daft Punk e de Fka Twigs. Ele é o mais sombrio de sua carreira. Se I Am... Sasha Fierce era recheado de musicas leves, despretensiosas e bem humoradas como Single Ladies_ um de seus singles de maior sucesso_ esse álbum traz questões universalizantes como a beleza ( e o preço dela) maternidade, depressão, alem das luxuosas presenças de seu marido Jay Z_ outro gigante da industria fonográfica, e de Blue Ivy, sua pequena filha. E ela colocou o álbum no iTunes sem nenhum tipo de aviso, surpreendendo a todos, como ela adora fazer_ não seguir regras e fazer tudo ao sabor do vento... A primeira faixa, Pretty Hurts, fala sobre a pessoa ser escrava de padrões pré estabelecidos de beleza. “a beleza fere; brilhar à luz onde quer que seja é o pior; a perfeição é a doença de uma nação”. É irônico Bey, a rainha da beleza, cantando isso, mas ao mesmo tempo, é uma critica de efeito, pois ela é linda mas condena a perfeição acima de tudo. A segunda faixa tem batidas de sintetizadores muito fortes que emolduram uma canção depressiva sobre fantasmas que perseguem as pessoas e as não deixam em paz_ a depressão é um deles. Drunk in Love conta com a participação de Jay Z, seu esposo. A canção fala sobre o desgaste dela após amar. Como fica evidenciado no trecho: “Você me dilacerou; mas eu te quero.” Ou seja, a mensagem é bem clara: o amor embriaga. Blow, minha faixa preferida, é como diz a Rolling Stone, parecida com Janet Jackson na fase Velvet Rope. É uma canção esperta e com um arranjo poderoso que gruda no ouvido. É uma musica sobre estar apaixonado... “Eu amo o seu rosto; você ama o gosto.” “Quando você está sedento e cheio de amor; eu te concedo isso até estar vazia” O amor consome No Angel lembra muito Fka Twigs, sintetizadores e a voz de Beyoncé se aproximam muito da revelação britânica da musica britânica. E a pessoa amada pode contar com ela incondicionalmente, como fica evidenciado no seguinte trecho na introdução da canção: “Coloque seus braços ao redor de mim; e diga se sou o problema” Ela mesmo assume não ser perfeita. Dizendo que ela não é a garota que ele sonhou. Mas em contrapartida, ela afirma que ele também não é perfeito. “Você não é anjo”. Partition parece uma faixa ao vivo. E tem batidas de hip hop... Fala sobre compartilhar, pois em um casamento, os dois devem de ceder, se não o conflito rola solto... Jealous, ciumenta, é uma canção barra pesada em que Bey se mostra egocêntrica. Como está evidenciado no seguinte trecho: Se você mantiver a sua promessa, eu manterei a minha; eu sou ciumenta” ou ainda: “as vezes eu quero andar nos seus passos” se mostrando aí uma pessoa extremamente controladora. Rocket, se mostra mais pop é fala sobre relação amorosa. Que ela deixa ser tocada por ele e também o tocará. Os arranjos são encantadores. Mine conta co o feature do rapper canadense Drake, e em sua letra fala sobre posse. Que é um tópico que estremece qualquer relação amorosa. Tem arranjos de piano. XO é mais animada e Bey bota você para dançar. Propria para se esbaldar na pista. Flawless, é hip hop até a raiz do cabelo. Mesmo eletrônica, poderia ter entrado no Yeezus do Kanye West. É uma musica que soa como uma competição entre rappers de Houston e fala sobre temas caros ao rap, como a igualdade entre os sexos, por exemplo. Superpower é mais sombria, com participaçãp de Frank Ocean, o Sam Smith do rap, e fala sobre o super poder do amor. Heaven, paraíso, é uma canção onírica em meio a fúria do R&B e hip hop. Fala sobre o fato de que não podia esperar pelo amado, pois o tempo urge e ela tem muitas decisões a tomar. A faixa derradeira, ela homenageia a maternidade, com um feature de sua pequena filha, Blue, em que ela diz “ Quando as paredes parecem que vão ruir sobre mim; eu olho em seus olhos e sinto-me viva.” “Faça isso perdurar; você não vai me abraçar?” Antes a garota que fazia uma elegia a ser solteira ( Single Ladies) hoje faz uma ode a maternidade; Realmente o tempo passa bem rápido. E o melhor é ouvir a voz da menina na faixa. Um álbum incrível, o melhor feito por Queen Bey até hoje. Nota: 8,5

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Emicida - DVD "10 anos de Triunfo" - Levanta e Anda part. Rael (Ao Vivo)

Emicida foi uma das maiores promessas que apareceu no rap/ hip e hop brasileiro nos Últimos anos. E o cantor paulista resolve unir forças ao também rapper Rael para fazer um clipe ao vivo, da famosa música de Emicida chamada "Levanta e Anda", clipe publicado no youtube em 23 de fevereiro, e essa faixa faz parte de seu DVD ao vivo 10 anos de Triunfo. Dá para perceber assistindo ao clipe que Emicida está totalmente entregue ao público ao dividir os microfones com o seu companheiro Rael, também paulistano, que aliás está com um CD recente lançado em 2016, chamado "Coisas do meu Imaginário". Segundo fontes, o DVD tem como previsão de data de lançamento abril próximo. As imagens do clipe mostram a dupla cantando a canção" que foi inclusa no CD DE 2013 O Glorioso Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui", de 2013, em show promovido em São Paulo, em 2017. E Emicida pretende assim realizar o primeiro filme de sua carreira. Tem direção de Fred Ouro Preto e aborda ...

Primeiras Impressões: Weezer, (Teal Album)

Ano: 2019 Selo: Atlantic, Crush Gênero: pop, synthpop Boas: Take on Me, Paranoid Nossa Avaliação: Mista A banda norte americana comandada por Rivers Cuomo está fertilíssima nesse ano de 2019, chega com o Teal Album, um álbum de covers, e também com o Black Album, um álbum de originais, produzido pelo baterista Patrick Wilson e contando com o guitarrista Brian Butler Basicamente as canções têm os mesmos arranjos de sempre da Weezer, rock alternativo e pop, mas o diferencial dessa vez é que eles chegam interpretando grandes hinos dos anos 60, 80 e 90 com propriedade e competência na instrumentação, mas na zoeira na interpretação das canções, a começar pela capa, imitando atores do filme Miami Vice no figurino. A canção Africa chega abrindo o álbum, e percebe-se Cuomo se esforçando para dar uma roupagem diferente a esse verdadeiro hino dos 80 famoso na voz de Toto mas a grande verdade é que nada é acrescentado ao que a gente já conhece dessa canção. Logo vem o maior hino do tears f...

As músicas do primeiro semestre de 2017 (às vezes não lançadas como singles) parte 8

Creature Comfort Arcade Fire, do album Everything Now, a ser lançado em 28 de Julho de 2017 Todo mundo sempre soube que a banda indie de Montreal, a parte que fala francês do Canadá, quase sempre flertou com o eletrônico. E tambem com o glam rock e a era disco. No álbum The Suburbs, vencedor do Grammy de 2011, isso já tinha sido evidenciado, mas no seu trabalho Reflektor, isso ficou mais ainda notório, a ponto de terem até chamado David Bowie, icone do Glam Rock das décadas de 70 e 80 par dar uma palhinha. Com canções robóticas ( isso no bom sentido da palavra), futuristas, que iam das influencias caribenhas da vocalista Régine, que passou parte de sua infância no Haiti, á nostálgica Afterlife e a reggueira Flashbulbs Lights, o disco já se mostrava um bom álbum de musica eletrônica, sim. Mas nesse vindouro trabalho_ quando esse texto vem à luz, faltam oito dias para que o álbum seja lançado_ eles resolveram assumir de vez que amam os anos 70 e 80, como a era disco e a era Abba os ma...