Maria Gadú é uma cantora de MPB que vem se destacando nos ultimis anos por ter interpretações fantásticas e uma sonoridade que a aproxima do pop rock. Nessa sua mais recente empreitada musical, chamada simplesmente de Guelã, ela vem com composições mais enxutas e que exploram mais a textura, algo que a aproxima de grupos musicais como Radiohead e The XX.
A primeira faixa, Suspiro, tem uma introdução que torna a canção etérea, pois é calcada na musica eletrônica, e batidas com violão que a aproximam da MPB nesse aspecto. Mas é eletrônica e depois se torna um pouco mais pop. Ela é quase instrumental. E tem suaves acordes de guitarra bem no final. E tem u a letra introspectiva e imaginativa, e muito reflexiva e confessional. A faixa seguinte, Obloco, tem uma pegada mais pop, e fala sobre a divulgação da arte.
Ela é muito confessional, sobre um amor que periga perecer, e sobre uma devoção por alguém que está acima de todas as descrições e tem paradoxos lindos como “meus músculos de ferro.”
Semivoz, que acabou por se tornar a minha faixa preferida, tem características de MPB no inicio, confessional, mas depois pega traços de rock alternativo. Trovoa tem trechos bonitos como “seja meiga, seja objetiva, seja faca na manteiga.”
Tecnopapiro tem uma linda introdução de piano e depois descamba para o rock alternativo. “Analógica você, cartas no papel de pão”
A faixa seguinte, Vaga diz que “a mente vaga procura vaga na rua.” E retorna com toda a forca para a MPB, e tem uma letra bem melancólica e reflexiva. “O peito farto do fim.”
Aquaria tem som de violão, e é a canção mais acústica do álbum. Tem uma sonoridade mais próxima do pop rock do que as outras canções do álbum.
É um álbum refletivo e muito explorador da textura do som.
Faixas de Destaque: Obloco, Semivoz, Tecnopapiro.
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