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Drones Muse

Drones Muse O projeto de Radiohead dessa vez pode-se dizer que tirou um álbum interessante. Diferente das experimentações eletrônicas realizadas em álbuns anteriores, como por exemplo o ótimo Black Holes and Revelations, de 2006, e o mais recente The 2nd Law, de 2012, a banda composta por Mattew Bellamy Dominic Howard,e Christopher Woltenholme voltou com um álbum simplesmente rock, e com letras pós apocalípticas, que poderiam ser muito bem a trilha sonora da serie Divergente, por exemplo. E na tentativa de elaborar um álbum conceitual, eles sim, fizeram um álbum que se não e o mais brilhante de suas carreiras, tem seus méritos ao trazer de volta uma Muse com um rock mais cru por ser fortemente ancorada nos baixos. Dead Inside tem reflexos de musica eletrônica, mas é rock. A principio não pode ser caracterizada como uma canção de amor, mas é. E quando se depara com o desprezo da pessoa amada, ele simplesmente diz: “Você está morta por dentro.” Isso depois de ter dado a ela a chance de ela tocar o céu. A segunda faixa, chamada Drill Sergeant é apenas falada, composta de palavras de repressão e tenta voltar ao que o Pink Floyd fez com maestria em seu aclamado “The Wall.” Psycho é ancorada no baixo e sua letra é sobre “foder o psico de alguém.” E exige obediência de quem a canção está sendo dirigida. E fala que a mente do interlocutor é um programa e ele o vírus que a invade e a tenta destruir. Tentando induzir a pessoa a se tornar um psicopata. Mercy é uma canção mais introspectiva que fala sobre a tirania existente no mundo moderno. Em que é pedido encarecidamente ser salvo desse sofrimento que é a vida contemporânea. Reapers parece uma musica da fase antiga da Muse: eletrônica e de batidas futurísticas. Sobre o caos de uma vida pós apocalíptica governada por Drones. Com muito baixo e muita personalidade. The Handler segue essa mesma linha de baixos rasgantes e sua letra aborda sobre liberdade, que o eu lírico deseja para se tornar pleno, e não tão dependente de seu opressor. JFK tem começa como uma canção de EDM. E é totalmente falada, também sobre opressão, e cheira a uma batalha interestelar. Deffector tenta parecer com as canções de The Wall, mas é pop. Sua letra tenta aborda a autoafirmação do eu lírico. “Eu sou livre da sociedade. Você não pode me controlar” é o seu grito de liberdade. A próxima faixa, Revolt, tem sons de ambulâncias na introdução e tem uma melodia próxima do pop também, ficando mais rápida com o passar do tempo. É uma das melhores canções do álbum. Sua letra aborda o quanto o mundo está difícil e incentiva as pessoas a se revoltarem. Aftermath tem uma introdução mais introspectiva e é sobre o quanto ele se torna mais forte e poderoso na certeza de poder contar com a ajuda e o conforto da pessoa amada. É uma das mais leves canções do álbum, e mais lírica. The Globalist começa com arranjo de chuva, levando á introspecção, e seu assovio nos leva a uma atmosfera onírica. Quanto á letra, é sobre alguém que foi traído pelas instituições as quais idolatrava, como o Estado e a Igreja. Como acontece a cada um de nós.Tem melodia próxima do rock progressivo que os trouxe á fama. Mas depois o baixo aparece, mas é uma canção de lírica linda. Drones, a faixa titulo, é uma faixa instrumental e baseada no rock progressivo. Se trata de um álbum de rock, com muito baixo e muito rock progressivo, ao contrario das experimentações que eram feitas até o álbum anterior. Ouça com atenção: Dead Inside, Revolt e The Globalist.

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