Pular para o conteúdo principal

D’Angelo, Black Messiah

D’Angelo é um rapper norte americano que fez um relativo sucesso nos anos 90, mais precisamente no final da década de 90 e inicio doa anos 2000 com álbuns que misturavam com maestria o hip hop, r&b e o soul, mas depois, assustado com a visão de sex symbol que tinham dele, se afundou nas drogas e no álcool, isso também motivado pela morte de um grande amigo dele. Com isso, ele não lança nada de inédito desde 2000, quando lançou o seu ótimo Voodoo. Mas ele no fim de 2014 apareceu com essa verdadeira obra prima, Black Messiah, que apesar do que o nome possa sugerir, nada tem a ver com religião. É na verdade um álbum que Prince, Marvin Gaye, também poderiam ter feito. São 12 canções sobre questionamentos e autoconhecimento que merecem ser escutadas com o maior carinho e a maior idolatração, pois ele pode ter feito o álbum do ano. Aint it easy, a primeira faixa, é uma canção sobre o fato de que ele tenta avisar a pessoa amada que ela não o tente mudar jamais. Tem uma batida de soul irresistível. “De a si uma chance; você não pode me mudar; de modo algum, não é fácil” é o recado da canção. 1000 deaths, a segunda faixa, relata sobre o fato de pessoas estarem face a face a morte todos os dias. Se trata de uma canção de protesto. The Charade começa de uma forma menos impactante, e sua letra aborda sobre o quanto a mídia tem poder de invadir os sofrimentos alheios. Suggar Daddy, a próxima faixa, é o mais soul possível. Fala sobre a arte de ter o seu amor só para si, sem ter de dividi-lo com outrem. É sobre a difícil arte de amar. Really Love é uma canção leve sobre o ato de estar apaixonado. Tem uma sonoridade bem calma e plácida. Back to the Future 1, é mais soul e sua letra aborda o autoconhecimento. “Eu voltei, querida, a ser quem eu era.” A próxima faixa aborda questionamentos e autoconhecimento do eu lirico. Tem uma temática bem reflexiva e resulta em uma canção de rara lírica. Prayer, como o nome mesmo sugere, é sobre levantamento de questões existenciais. Se trata de uma oração para que lhe chegue o autoconhecimento. Betray my heart tem uma letra introspectiva e relata sobre o fato de que ele ama acima de tudo e que jamais vai trair o seu coração. The Door é lírica, tem uma pegada pop e pede a pessoa amada que não saia da vida dele por “aquela porta.” É uma canção de apego e dependência da pessoa amada. Back to the Future 2 também é sobre autoconhecimento, como a primeira. Ele se acha autossuficiente e não quer mais retornar ao estagio anterior em que se encontrava. Another Life é a faixa derradeira e encerra o álbum de forma magistral, sua letra aborda a vontade de ter a pessoa amada sempre do lado, não importa que vida ele leve... É um álbum incrível, que valeu a pena ter demorado 15 anos para ser elaborado. Ouça com atenção: Aint Easy, 100 deaths, Prayer, Another Life.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Marc Anthony - Flor Pálida (Official Video)

Eminen faz um coletivo que atrai e se revolta contra as mazelas

Eminen, considerado um dos maiores artistas dos anos 90, volta à baila com uma super colaboração e um clipe muuito bom. A colaboração chama-se Detroit vs Everybody, e chama a atenção pelo numero de features que traz em sua composição. Alem do proprio Eminen cantam tambam os rappers Danny Brown, Big Sean, alem de nomes mais desconhecidos do grande publico como por exemplo Dej Loaf, Royce da 59 e ainda Trick Trick. O clipe tambem se rendeu ao charme do preto e branco. E mostra paisagens tipicas de Detroit enquanto os rappers vao mostrando as suas mensagens de luta e de nao conformismo. A grande sacada de Eminen, que todos dabem que é um grande visionario, é tentar mostrar as mazelas de Detroit atraves das imagens dos becos obscuros da cidade e atraves da otica de seus proprios moradores, que graças a Deus sao artistas e foi-lhe dado o dom de poder falar em nome de uma maioria castigada pelo sofrimento e pela desigualdade social. Na nossa opinião, Eminem é uma das figuras mais incriveis

George Michael, ícone do pop se vai no dia de Natal

George Michael, ícone do pop se vai no dia de Natal Seu passamento ainda não teve as causas esclarecidas. O cantor e compositor nos deixa aos 53 anos com uma carreira profícua e muito bem sucedida, com mais de 100 milhões de copias vendidas entre sua empreitada com a banda Wham, junto a Andrew Ridgley e seus trabalhos solos. Segundo a imprensa, sua morte se deu tranquilamente entre os festejos natalinos. Mas é certo que vinha tendo problemas de saúde há bastante tempo, tendo inclusive padecido com uma pneumonia que segundo o próprio quase lhe tirou a vida. Ele se chamava Geogios Kyriacos Panayiotou e tinha origem grega, seus parentes vindos de Chipre, mas nascera no norte de Londres. Em seu tempo na Wham lançou os sucessos Wake me Before you go go, I’m your man, e Freedom, e Careless Whisper, lançada em 1984, foi considerada um dos maiores hits do pop na época. Sua carreira solo desponta em 1987, ano de lançamento de Faith. Vendidas mais de 25 milhões de copias, ganha o álbum do ano