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Bjork, Vulnicura

Bjork, a superstar islandesa, conheceu a fama ainda como integrante do Sugar Cubes, um grupo de dream pop do final dos anos 90. Ela pratica o tipo de musica que é conhecida como um cruzamento de trip hop ( como o Massive Attack), rock alternativo ( como o Radiohead), e um pouco de dream pop, que se tornou a sua marca registrada, como podemos ver em bandas como por exemplo os indies Beach House, claramente influenciados por sua arte, alem de art rock e de também um pouco de musica experimental. Seu álbum Vulnicura é provavelmente um dos melhores de 2015, polemico pois foi tirado pela artista do canal de steaming Spotify ( Como Taylor e Thom Yorke fizeram... por que será?) e mistura rock alternativo, dream pop e rock experimental, em nove canções ricamente trabalhadas. Sua voz alcança notas impressionantes nessa primeira faixa, chamada Stone Milket, se trata de uma canção bem reflexiva e com arranjos que lembram um dream pop muito bem elaborado. Lion Song, a segunda faixa, também segue essa linha de dream pop e fala sobre a falta que sente da pessoa amada, a comparando a um leão e também a um soldado chegado da Guerra do Vietnã. Sobre a dificuldade dela lidar com um sentimento tão abstrato. History of Touches tem a mesma batida dream pop e a sua letra nos fala sobre o fato de ela ter despertado a pessoa amada no meio da noite para falar sobre os seus sentimentos. Mas aquela é a ultima vez em que eles estão juntos. Se trata de uma canção sobre desapego e despedidas. Blake Lake tem uma pegada mais introspectiva e mais experimental, e sua letra é sobre o quanto ela está se sentindo fora da vida da pessoa amada, como se não fizesse mais falta a essa, uma canção sobre abandono e sofrimento. Familiy também tem uma levada experimental, com uma introdução que imita algum tipo de engrenagem, e a sua letra tece reflexões sobre as relações familiares, cada vez mais estremecidas. Para depois mais ao final reafirmar os valores familiares. Not Get tem uma introdução mais pop, remetendo a musica celta, e relata sob o amor da pessoa amada, que a pode manter mais segura da morte. Depois adquire mais arranjos que remetem ao rock alternativo. A próxima faixa é bem reflexiva, e a sua frase inicial já dá a tônica da canção: “ Juntos somo cada um de nos hemisferos.” “Quando você se sentir inundado de um amor primário, abrace essa dor e dance comigo.” É o seu convite para que a pessoa amada entre na sua. A faixa seguinte, Mouth Mantra, tem experimentações que a aproximam da musica eletrônica e sua letra aborda desapego e dor da separação. “ Aqui há uma tristeza falante; fui separada do que eu posso; do que eu sou capaz.” Sua melodia lembra as experimentações do Radiohead, e tem características de musicas do futuro. A faixa derradeira, chamada Quicksand, tem uma levada próxima do pop e lembra as canções do Amnesiac, álbum de 2001 do Radiohead. Sua letra aborda também desapego, e seu trecho mais interessante diz: Quando estou quebrada, estou inteira.” São canções reflexivas de desapego, de amor ( tanto faz se carnal ou familiar) que tem tudo para constarem nas listas dos melhores álbuns de 2015, não acham?

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