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I See You The XX _ Melhores Álbuns de 2017 primeiro semestre

Desde 13 de janeiro de 2017 A banda londrina saiu de seu grande jejum de inéditas, desde o aclamado Co-Exist de 2012, em grande estilo. Um pouco menos introspectivos que de costume, mas ainda assim, misteriosos e comedidos, com muito do seu minimalismo que os tornou queridinhos da críticas bem no final da década passada, com o seu début autointitulado, que consta até em lista de 1001 álbuns para se ouvir antes de morrer. Mas dessa vez, eles voltaram um pouco mais pop, com até uma pegada indie pop, mas ainda trata dos mesmos dilemas e timidez de sempre, o que fica perceptível em canções como por exemplo Performance, que foi listada como uma das musicas do primeiro semestre de 2017 pela Nme. A canção entra já com a voz de Romy Croft, com um suave arranjo de piano ao fundo, e fala sobre como as vezes as pessoas aparecem massacradas pelos seus próprios medos. If I scream at the top of my lungs Will you hear what I don't say? If I dance like I'm on the stage Will you see I seem out of place? Se eu gritar a plenos pulmões Você ouvirá o que eu digo? Se eu dançar no cenário Você vai me dizer que estou deslocada? I'll put on a show It is a performance I do it all so You won't see my hurting Eu vou fazer um show é tudo uma atuação Eu vou atuar a beça Você não me verá machucado Essa canção se trata de uma autoafirmação de que as pessoas não te vejam como você está_ em cacos. Essa canção te transporta direto para a época do debut, em que o que mais eles traziam na bagagem de suas canções eram arranjos de cordas acompanhando as sua tristes melodias. E esse já é um período bem longinguo, visto que nesse terceiro ótimo álbum, o que eles trazem é uma certa sensação de se estar em uma pista de dança em que a balada já chegou ao seu final. A temática de arranjos tristes e lírica sentimental continua na faixa seguinte, a ótima replica, que apesar de ter um pouco mais de sintetizadores que a atual, continua no mesmo minimalismo. Mirroring situations like you're an imitation Do I watch and repeat? And as if I tried to, I turned out just like you Do we watch and repeat Esse tipo de questionamento é comum em canções de temática minimalista. Espelhando situações como asem que você é uma imitação Eu assisto e repito Como se eu tentasse, eu me saí parecido contigo Observamos e repetimos? Como as situações podem tornar apenas um espelho do que somos e plantamos. Mas a parte "feliz" do álbum_ mais ou menos como o novo do Arcade Fire_ sons felizes para falar de coisas chatas e tristonhas_ entra logo com a ótima Dangerous, uma canção que tem um quê de soul e do r&b americano dos anos 70, que abre o álbum chegando e se instalando nos nossos ouvidos de uma forma intensa e certeira. E tudo emoldurado com um sax esperto e muitos loops. They say You are dangerous, but I don't care I'm gon' to pretend that I'm not scared Mais uma linda canção do álbum sobre auto afirmação. Eles dizem Você é perigoso, mas não me importo Vou fingir que não estou assustado. Da mesma forma segue a faixa seguinte, uma típica balada romântica, Say You Something Loving, em que há também loops de muita categoria com sintetizadores loucos e histéricos, só para pedir que a pessoa amada nunca saia de perto de si. Mas a melhor faixa do álbum com certeza é On Hold, para a qual o trio londrino produziu um clipe bem anos 90, bem nostálgico, e a canção é emoldurada por um ritmo de r&b e soul que a deixa incrível. A canção foi muito bem aprovada até mesmo pela Rolling Stone. A canção começa com um loopping que parece estar vindo de algum espaço sideral e a letra vai se desenvolvendo até o ápice, que conta com um feat, de Hall e Oats, o que lhe dá aspecto de ser uma canção de influencia norte americana. Now you've found a new star to orbit It could be love I think you're too soon to call us old When and where did we go cold? I thought I had you on hold Agora encontramos uma nova estrela para orbitar Isso poderia ser amor Eu acho um pouco precipitado chamar isso de passado Quando nos tornamos assim tão frios? Eu achava que tinha você na espera Uma canção basicamente que relata o que é termos alguém que esperamos que sempre estaria nos esperando, mas um dia decide ir embora. Tudo com batidas frenéticas de sintetizadores e muito r&b. A faixa seguinte é basicamente uma balada, que serve até de contraponto para a faixa anterior. Com batidas que lembram palmas. Sobre mesmo estando apaixonado, ter a nobreza de deixar a pessoa amada partir, sem ficar implorando para que ela fique. Singing oh-oh-oh Go on, I dare you Oh-oh-oh I dare you Cantando Vá adiante, eu te desafio oh oh oh Eu te desafio A faixa de encerramento, os XX voltam à melancolia e é sobre uma canção sobre alguém que está carregando o peso do mundo sobre os seus ombros. I don't know where I went wrong Tell me, should I see someone? Ceiling's falling down on me You look but you never see Eu não sei onde errei Diga me, eu deveria de ter enxergado alguém O teto está desabando sobre mim Você me olha, mas nunca me enxerga O desafio de tentar ter algum tipo de importância no relacionamento. Com um final digno de nota, com arranjo futuristas e cheios de camada Um álbum sobre relacionamentos, pop, mas como ainda estão num selo menor, ao contrario do Arcade Fire, os XX ainda são livres. Faixas para se ligar: Dangerous, Performance, Say Something Loving, On Hold.

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