Pular para o conteúdo principal

As músicas do primeiro semestre de 2017 (às vezes não lançadas como singles) parte 3

Futuro_ Café Tacvba, album Jei Beibi, lançado em cinco de maio de 2017, o primeiro album deles gravado de forma independente_ na verdade, eles fizeram o caminho inverso dos Arcade Fire, que sairam da Merge para ir para Columbia. Os tacubos agora tem selo independente, e são responsáveis por tudo, desde a mixagem do disco até a arte gráfica. Tudo bem que o álbum deles, o sétimo da carreira, pode até não ser um álbum memorável, mas essa música, Futuro, tem estilo e bastante qualidade. Feita no melhor estilo rock alternativo, com alguns resquícios de ska, a canção é cantada por Emanuel Del Real, tem vocais do vocalista, Ruben Albarrán e foi gravada nos estúdios Ocean Studio, e tem a produção de Gustavo Santaolalla, que vem também de longas datas produzindo álbuns de gente como Juanes. Ela tem sons latinos mesclados com o melhor do rock latino, e se desenvolve em um ritmo bem cadenciado e cheio de nuances, e é uma canção de temática bem reflexiva. Trata-se de uma canção que fala de brevidade e da fugacidade dos momentos e tem por si só um belo refrão: Es una cuestión de tiempo Tan breve este momento En que eres y en que soy Tú mañana ya te fuiste Y antes me dijiste El futuro es hoy Fala da rapidez do momento e que o que esperávamos para daqui ha algum tempo, já acontece nesse ínterim de instante. Nota 85 Say Something Loving, The XX do album I see you, lançado em 13 de janeiro de 2017 Pela primeira vez menos minimalistas e mais pop, mas nem por isso menos charmosos, os meninos de Londres voltam com esse álbum incrível que por exemplo encabeça a lista de álbuns da NME, conceituada revista britânica. Essa canção, é movida a sintetizadores guitarras, uma porção suave de teclado, e muito sentimentalismo. Ela fala de uma pessoa que se torna insensível após tantas desilusões no amor. E sua introdução na base sintetizadores é inebriante. Before it slips away Antes que escape, é uma canção de amor na fugacidade e na efêmera correria do nosso dia cada vez tão mais frenético, e que nos faz cada vez menos termos tempo para quem nós amamos. Therefore flows through my mind And it's growing all the time I do myself a disservice To feel this weak, to be this nervous Por isso, flui pela minha mente E está crescendo a todo o momento Eu faço para mim um péssimo serviço Para me sentir tão fraco, e estar tão nervoso É esse verso que deixa mais evidenciado que o eu lírico da canção está cada dia mais perdido no seu caos, e que daqui a pouco nada mais sobrará, e que por isso mesmo é preciso que a pessoa amada esteja sempre ao seu lado dizendo o quanto o ama Nota 80 Green Light, Lorde do álbum Melodrama, lançado em 16 de Junho de 2017 A menina prodígio está de volta, com um álbum super prestigiado no agregador de resenhas Metacritic. E tanto prestígio com a crítica não é em vão. O conceito desse álbum incrível, em que ela conta durante 11 canções a sua estadia em uma casa noturna agradou em cheio, pois se trata de algo muito inovador para alguém que tem apenas 20 anos de idade e um álbum ( o ótimo Pure Heroine) na bagagem. Mas vamos primeiramente à canção. Green Light tem características de rock alternativo, ou seria como vocês costumam dizer, indie pop. Ela aprofundou ainda mais o que fez em 2013( na verdade, esse sumiço de quatro anos lhe fez um puta bem) lá em 2013 ela falava das alegrias e ansiedades do final da adolescência, aqui ela fala das agruras de se tornar adulta e como isso coincidiu com um final de um relacionamento amoroso. Nessa canção, também muito bem servida de sintetizadores, ela fala de estar em um bar, carpindo por um relacionamento que já estava fadado ao fracasso, visto que o cara era um "péssimo mentiroso" que estava em uma praia curtindo com uma outra garota pela qual ele não nutria nenhum tipo de sentimento. Mais adiante, ela está sob as luzes de uma boate a refletir sobre o quanto sua vida amorosa foi insignificante, mas nem por isso incapaz de lhe trazer algum tipo de aprendizado. But I hear sounds in my mind Brand new sounds in my mind But honey, I'll be seein' you 'ever I go But honey, I'll be seein' you down every road (I'm waiting for it, that green light, I want it) 'Cause, honey, I'll come get my things Mas eu escuto sons em minha mente Sons novíssimos em minha mente Mas amor, verei você partir Verei você caminhando pelas estradas Espero por isso, pelo sinal verde Por que finalmente poderei voltar ser eu mesma Nesse trecho, ela se diz aliviada pelo fato de esse amor que nada lhe deixa a não ser aprendizado está partindo, e que ela está só esperando um sinal verde para cair na pista_ o que o eu lírico faz ao longo das dez musicas seguintes, e com bastante louvor e níveis de tristeza ou sentimentos. Thought you said that you would always be in love But you're not in love, no more Did it frighten you? E quando essa pessoa lhe disse que estaria sempre amando a outra pela qual a trocou, ela diz que foi uma mentira deslavada. É uma canção de superação, de empoderamento após uma queda feia. Nada melhor do que ir para uma pista, né? Nota 90

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Emicida - DVD "10 anos de Triunfo" - Levanta e Anda part. Rael (Ao Vivo)

Emicida foi uma das maiores promessas que apareceu no rap/ hip e hop brasileiro nos Últimos anos. E o cantor paulista resolve unir forças ao também rapper Rael para fazer um clipe ao vivo, da famosa música de Emicida chamada "Levanta e Anda", clipe publicado no youtube em 23 de fevereiro, e essa faixa faz parte de seu DVD ao vivo 10 anos de Triunfo. Dá para perceber assistindo ao clipe que Emicida está totalmente entregue ao público ao dividir os microfones com o seu companheiro Rael, também paulistano, que aliás está com um CD recente lançado em 2016, chamado "Coisas do meu Imaginário". Segundo fontes, o DVD tem como previsão de data de lançamento abril próximo. As imagens do clipe mostram a dupla cantando a canção" que foi inclusa no CD DE 2013 O Glorioso Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui", de 2013, em show promovido em São Paulo, em 2017. E Emicida pretende assim realizar o primeiro filme de sua carreira. Tem direção de Fred Ouro Preto e aborda
Mais uma esplêndida  noite Indie! Aê, meus lindos, ontem eu tive o privilégio de apreciar mais um evento indie, no nosso querido Sesc Carmo ( olha o merchand!), a banda Garotas Suecas, que estavam apresentando o repertório de seu segundo disco,  Escute as Feras a ser lançado,  nas lojas de todo o Brasil,  em 15 de Setembro. Mas já com uma previa de download gratuito em seu site oficial. Corram lá. A banda, que é daqui de São Paulo, é composta por cinco integrantes, Guilherme Saldanha (voz e gaita), Thomaz Paoliello ( guitarra), Irina Bertolucci (órgão/ teclado), Fernando Machado_ Perdido (baixo) e Nico Paoliello (baterista), e tem como principal influencias bandas como Pavement e Velvet Underground. Nota-se também neles uma pequena semelhança com outra banda ótima do nosso circuito indie, Autoramas. Eles estão ativos desde 2005 e tem na bagagem o ótimo CD Escaldante Banda, que lhes alçou ao cenário roqueiro indie nacional. Eles já faturaram prêmios, como por exemplo, o  prêmio de

A La Mar, Vicente Garcia

A La Mar Vicente Garcia Vicente Garcia é quase desconhecido aqui no Brasil. Com aquele seu aspecto físico de cantor de reggae, na verdade ele mexe com muitos ritmos caribenhos, entre eles a bachata. Ele fez uma participação no premiado álbum da banda colombiana de pop Monsieur Periné, com a canção Nuestra Cancion, e está as voltas com a divulgação do seu álbum autoral, que gerou singles como Te Soné. Tratam-se de canções emolduradas pelos ritmos caribenhos que trazem em seu corpo letras reflexivas de um poeta que se desabafa diante das dificuldades de sua vida, e sua arte traz uma pintura do artista dominicano Nadal Walcott, nascido na republica dominicana pertencente a Cocolos, que por sua vez descendem de escravos africanos das ilhas caribenhas. Se trata de um álbum que retrata a cultura folclórica afro das Antilhas. Traz em seu corpo a interessante canção Carmesí, que retrata a convivência de casal, e traz arranjos de bachata. O álbum traz também a produção de Eduardo Cabra, o