As músicas do primeiro semestre de 2017 (às vezes não lançadas como singles) parte 4

Revolution, Depeche Mode, do album Spirit, lançado em 17 de Março de 2017 Os veteranos do Depeche Mode voltam à cena com esse espetacular álbum Spirit que trouxe como single líder essa ótima canção, movida a sintetizadores, o que já é tão comum a essa banda, e com as letras bem políticas, pois como se sabe vivemos tempos bem difíceis na politica internacional atual, como por exemplo a ascenção de Donald Trup à casa branca, ascenção da esquerda nas eleições francesas e também o Estado Islâmico fazendo muitas desordens. E o clipe dessa canção, os integrantes aparecem empurrando um imenso bloco e disfarçados de Karl Marx. Se tratou de um clipe irônico e bem distópico, palavras da conceituada revista de cultura Rolling Stone e foi dirigido por Anton Corbijn responsável pela cinebiografia de Ian Curtis e por icônicos clipe dos U2. Esse album veio a substituir Delta Machine, de 2013. Vamos à música.Ela tem muitos sintetizadores e é super eletronica, alem de ser emoldurda por guitarras enlouquecedoras. E a sua letra tem um bom teor politico e de crítica social, como vem sendo a maioria das produções contemporâneas. Who's making your decisions? You or your religion Your government, your countries You patriotic junkies quem tem feito decisoes por você? Você ou a sua religião? Seus governantes, seu pais Seus drogados patriotas com esse trecho já dá para observar que se trata de críticas bem acidas a respeito da nosso sistema governamental. Afinal, a função do artista é justamente essa, a de ser combativo e de estar como um porta voz das opressões que o seu povo venha a estar sofrendo. Coisa que essa canção brilhantemente consegue. You've been pissed on For too long Your rights abused Your views refused They manipulate and threaten With terror as a weapon Pisaram em vocês por longo tempo Abusaram de seus direitos Suas visões foram turvadas Estão sendo manipulados e destratados Com terror e armas Sem contar que essa canção trata tambem de como aparecemos encarcerados pela falta de termos nossa opinião divulgadas, como se no vivessemos amordaçados. É uma canção de protesto. Nota 85 Tell me How, Paramore, do album After Laughter, lançado em 12 de maio de 2017 Depois de tantos problemas internos, o Paramore, banda de Nashville que fez a cabeça e a festa de milhões de fãs do pop punk por ter uma vocalista linda de aparência e considerada um verdadeiro ícone de uma geração inteira, comparável a outro icone dos anos 90, Courtney Love, nas atitudes roqueiras, a banda volta dando gargalhadas de todos os seus problemas que a assolaram nos últimos quatro anos. É evidente para nós agora sabendo dos problemas pessoais que Hayley Williams vem enfrentando_ ela se divorciou de seu esposo desde 2015_ que ela tinha de canalizar tanta decepção e tanto sofrimento nessas letras, que mais servem como um desabafo do que de qualquer outra coisa. E a letra dessa canção que vamos analisar agora não podia de forma nenhuma escapar da regra, não era? Essa canção dá um tempo nos sintetizadores_ isso mesmo, quase não há mais guitarras nessa banda, eles estão bebendo na fonte dos anos 80?_ e soa mais acústica e mais suave, bem como as faixas de encerramento dos albuns costumam ser com leves acordes e muita introspectividade. I can't call you a stranger But I can't call you I know you think that I erased you You may hate me but I can't hate you And I won't replace you Não posso te chamar de estranho Mas eu não posso te chamar Eu te conheço, você pensa que eu te esqueci Você pode odiar a mim, mas eu não posso te odiar E eu não vou te substituir é uma canção sobre resignação por ter de seguir adiante sem ter a pessoa amada a seu lado. Ela está conformada, isso não tem mais jeito, por mais que isso doa, é hora de seguir em frente. E ainda mais, ela se torna uma pessoa que tem medo de recomeços Como fica evidenciado no trecho a seguir: Think I'm tired of getting over it Of just starting something new again I'm getting sick of the beginnings And of always coming to your defenses Pense que eu estou cheia de continuar tentando isso de estar simplesmente tentando começar algo novamente Estou escaldada de começos E de sempre estar agindo na defensiva E essa canção tem tambem uma linda intro de piano. Esse album só revela o quanto os Paramore são musicos e letristas sensacionais. Nota: 85 Fuego, Juanes, do album Mis planes son Amarte, lançado em 23 de maio de 2017 Juanes volta á baila em grande estilo com esse álbum em que ele confessa com o seu conceito que tem alguma espécie de fanatismo pelo espaço, como nosso amigo David Bowie tinha. E ele tem colhido bons frutos, pelo menos junto à critica especializada, visto que até a Rolling Stone lhe deu cinco estrelas para Mis Planes son amarte. Essa canção, fuego, é pop latino no seu mais alto grau. Com uma inebriante introdução de guitarra no melhor estilo Juanes de ser- o qual já estamos acostumadíssimos a apreciar, ele começa uma divertida balada, na qual o hitmaker colombino destila todo o seu charme para conquistar a mina de seus sonhos. Hola, me inspiras cuando caminas Con tu mirada me devoras Tú sabes que me fascinas De esquina a esquina de abajo arriba Olá, me inspira quando tu caminhas Com teu olhar me devora, Você sabe que me devora De esquina a esquina de cima abaixo Ele e Alejandro Sanz são os maiores expoentes de pop latino da atualidade, seguidos muito de perto pelo espanhol Pablo Alborán. E essa canção, ela tem um jogo de versos muito elevadores da mulher amada e uma sonoridade única e quente como os sons latinos conseguem ser. Como toda música bem construida, o refrão tenta ser inesquecivel: Este fuego fuego Con tus labios me queme quemo Hasta las sabanas las prendemos Mira lo bien que nos entendemos Cuando lo hacemos Este fogo, fogo Com teus lábios me queimo, me queimo até as savanas prendemos Olha bem que nos entendemos Quando fazemos.... é uma balada latina que mostra bem o estilo galante e alegra do eu lirico. Nota 80