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Os Melhores Álbuns de 2014 ( Até Agora).

                O primeiro semestre já se despediu, então está na hora de analisar-se o que surgiu de mais legal na musica nos primeiros seis meses. Lembrando que vem muito mais por aí.

                Damon Albarn _ Everyday Robots

                Tem tudo para conseguir uma indicação do Grammy em sua categoria de Álbum Alternativo. Nada mal para a estreia solo de quem foi nada menos que o líder de uma das mais emblemáticas bandas de britpop dos 90, o Blur, que brigava feito cachorro grande com os irmãos Gallagher. Mas vamos ao álbum. Muito esperto, e gostoso de se ouvir. Fala sobre as alienações da vida moderna (  com uma introdução de um público para aplaudir a sua obra prima),  com acordes que lembra um pêndulo, ou um vai e vem de uma gangorra, e uma letra sobre robôs cotidianos que  deveriam se negar a seguir as regras da vida, como na faixa titulo), ou ainda, em Hostiles, também seguindo o pendulo do tempo que vai e vem, sobre desolação e sobre sonhos não possíveis de se realizar (ainda)) e sobre a vontade de abandonar tudo,  todas as canções com essa levada gostosa, com esses acordes calmos e tranquilos, que em nada parece estar se posicionando contra as alienações da vida moderna. Em Mr Tembo, a introdução das engrenagens de um  relógio nos leva a um pop rock muito interessante. Parakeet combina barulho de campanhias e chocalhos com piano engracadamente, e divide o álbum brilhantemente. Seguida  por The Selfish Giant e sua introdução de piano. Seven High parece uma sobreposição de sons contrastantes, como se tivesse sido gravada em uma fita analógica, mas logo nos pega com a sua graciosidade. Photography ( You are taking now) é Beatles em tudo. A viola pega pesado em The History of a Cheating, uma faixa bem pungente. E o toque Beatles, e meio que cinema dos anos 40 está na faixa de encerramento, Heavy Seas of Love. Que se desenvolve lindamente e nos dá um verdadeiro presente aos nossos ouvidos. Damon Albarn não poderia ter começado de melhor forma.

                Nota: 8,5

                Para quem gosta de: Blur, Beatles, R.E.M.

                Faixas de destaque: Everyday Robots, Lonely Press Play, The Selfish Giant

 

  Likke Li  I Never Learn 

                A cantora sueca vai ser a sensação do Grammy de 2014. Com a sua voz aspirada e gélida_ que lembra em alguma coisa Lorde, a esperta  garota de 17 anos neo-zelandeza_ ela está de peito aberto para nos encantar como outrora fez Amy e Adele.

                Na faixa título, que começa como uma brisa de verão na noite, ela está muitíssimo desolada. Os arranjos são encantadores, com uma introdução de violão que trás  versos muito belos.

                Lonely chimes, sing of pain,

                There´s a storms, only love remains.

                Em que ela diz que não importa mais nada, pode tudo ruir, mas o amor vai permanecer.  

                Likke Li toca fundo em nossos corações com uma maestria antes só vista com o soul de Adele.  É praticamente impossível não se encantar e (pior) concordar com os seus lamentos. É Dream pop com cara de jazz. Muito incrível.

                A faixa seguinte, com uma introdução de piano, começa calma, e depois se torna como um tornado. Em que ela diz no seguinte trecho:  If you let them without a fight a máxima da antiguidade que o amor é uma eterna luta.

                Em Just like a dream, o disco parece atingir o seu ápice de lamúrias de amor.  Em que ela deixa amada se vá, por ama-la tanto que lhe cede a liberdade. I’m setting you free.

                Em Silver Line, ela pede encarecidamente que não a acorde de seu sonho.

                Gunshot, a faixa para qual ela produziu um vídeo, é o carro chefe do álbum. Nela o eu-lirico da canção se sente como se fosse algo prejudicial para o seu amor.

                A melhor faixa do álbum é sem duvida, Love me like i’m not made of Stone, em que ela pede que seja amada  na medida em que é um ser frágil e que precisa cuidados. Love me when it storms, Love when I fall . Remete a Somelike like you de Adele.

                São todas musicas feitas para emocionar. Likke Li com certeza foi mergulhar nas águas do dream pop, com uma pitada de jazz, e acredito ser praticamente impossível não chorar ouvindo seu álbum, que é tão significativo quanto o fenômeno 21. E nas faixas subsequentes, mais recados a quem a tem maltratado tanto...por amor.

                Nota: 9,0

                Para quem gosta de : Duffy, Adele e Beach House   

                Faixas de destaque: Just like a Dream, Gunshot, Love me like I’ m not made of stone, Never Gonna Love again

               
Jorge Drexler  Bailar em la cueva

                O uruguaio volta com um trabalho meio que diferente dos seus anteriores. Mais focado na dança, e meio eletrônico, são musicas com participações estelares ( como Caetano Veloso na faixa Bolivia) mas são musicas alegres e com muita personalidade.

                A faixa Bolívia é sem duvida a melhor do álbum. Coeca com uma guitarra e fala sobre a experiência do cantautor na segunda guerra mundial, e na sua gratidão com o pais ao ter recebido a ele e a sua família. A faixa seguinte, Data Data é mais pop e menos densa que a segunda, e fala sobre a mudança de perspectivas que os seres humanos sempre apresentam. Pois todo cambia, segundo a letra da musica. La luna de Resquia e mais voltada para a latinidade, com ritmos caribenhos. Universos pararelos é mais pop e mais dançante...Todo cae, mais depressiva. Sobre a passagem do tempo e da efemeridade de tudo e de todos. Esfera volta ao pop novamente. E o humor aparece na La plegaria dos Papparazi, com sintetizadores e uma levada mais dançante, que nos convida a ir para as pistas de dança.

                Drexler dessa vez opta pelo eletrônico e o trabalho saiu muitíssimo interessante!

                Nota: 8,5

                Para quem gosta de : Fito Paez

                Faixas de destaque: Bolivia, La luna de Resquí, Data Data, Todo cae.

                               

Mombojó, Alexandre

                Os pernambucanos voltam com mais um disco para a historia do rock alternativo brasileiro. Eles  investem no som experimental já antes utilizado por artistas como Radiohead, em que se percebe que a maior influencia foi o álbum Kid A, ou mesmo o Amnesiac. Mas a influência para por aí. Os caras foram criativos. Com ruídos como bolinhas de de ping pong batend na mesa_ como em por exemplo Ping Pong Beat, e letras espertas como por exemplo em Me encantei em Rosário, que é a segunda faixa do disco o mandando para as estratosferas, “isole,  acolhe, explore, Sem nenhum herói para salvar.”  Hello, I think to go, eles mesclam inglês com português e o efeito é incrível, pois é um disco conceitual sobre o computador Alexandre, que com as palavras Are You Sure_ implícita durante toda a feitura do disco, que confundia os rapazes ao ser dita por um teclado.  Summer long é uma faixa incrível e interessante, pois é composta de suítes. É legal ver o Mombojó fazendo essa  maravilha, ainda mais em momentos em que o álbum de rock nacional do semestre é o Nheengatu, em que os Titãs não estão trazendo nenhuma novidade...O que é uma pena.Diz o lero é outra faixa interessante. Com seu tom de funk... Hortelã é uma das faixas mais belas do álbum, mais calma, e que fala sobre a fuga do ritmo frenético do dia a dia. Dance dance é um groove muito criativo. Alexandre, a faixa titulo, é algo remetente ao Daft Punk, em que Alexandre se apresenta para o ouvinte. Mas Cuidado! Perigo! é a faixa apocalíptica do álbum, que traz a nos algo que o rock nacional há muito carecia: criatividade. E não mais do mesmo.    E  em Pro sol, o álbum termina lindamente com uma promessa de  renovação...

                Nota: 8,5

                Para quem gosta de: Apanhador Só, Cidadão Instigado.

                Faixas de Destaque: Rebuliço, Me encantei por Rosário, Summer Long, Cuidado, Perigo!

 

                Clud Nothings Here and Nowhere Else

                Banda nova, ativa desde 2009, proveniente de Clevelend, EUA, mas com muita personalidade. Eles estão no terceiro álbum, mas é sobre esse que iremos falar. Com apenas 33 minutos de duração, com uma pegada punk e grunge que  é difícil não associá-los a bandas como Sex Pistols ou mesmo Nirvana. Musicas espertas, com guitarras distorcidas, é isso qie a galera quer. Que falam sobre problemas comuns aos jovens adultos.

                Dá para perceber que eles foram beber em fontes como por exemplo os Japandroids.

                São oito musicas muito espertas. E que com certeza levanta o moral de qualquer um, pois no fundo no fundo, por mais que falemos contra, adoramos bandas revival, como por exemplo, The White Stripes e The Strokes.

                Nirvana, The Vines, Sex Pistols… O que se procurar ali acha, com toda a certeza. Adoramos rock de garagem. Vida longa aos Cloud Nothing. 

                Nota: 8,0

                Para quem gosta de:  Nirvana, Foo Fighters, Sex Pistols, Japandroids, The Vines 

                Faixas de destaque: pyscich trauma, pattern walks


 

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