Lollapalooza – Primeiro dia
Acabo
de chegar do Lolla. Cara, eu gostei muito do que vi. Apesar da desorganização
típica de festival_ isso já era
esperado_ assisti a shows muito bons. A começar pelo Café Tacvba, que é uma de
minhas bandas favoritas. Que show maneiro!
Eles tocaram os seus hits de sempre _ claro, como não podia de ser,
Dejarte Caer, a música que eles regravaram dos chilenos Los Tres não poderia
faltar no repertório. Desfilaram Volver a comenzar, El fin de la infância,
Chilanga Banda, e muito carisma de seu líder, Ruben Albarrán. Eu realmente
fiquei impressionada com a performance dele, esbanjando simpatia, e em algum
momento descendo de seu palco e correndo por entre a multidão... E os ouvintes
deliravam, em especial, chilenos, argentinos e mexicanos que estavam na
plateia, devidamente identificados com a suas bandeiras_ eram um só coração,
deixando um rastilho de inveja em nós, brasileiros, que ainda não aprendemos a
admirar e amar os artistas que cantam em castelhano. E o Café é uma banda
reconhecidamente importante e influente para a historia do rock latino, mas nós
brasileiros, com raríssimas exceções, continuamos a ignorar esse fato, o que é
uma pena.
Depois,
eu migro para o show do Julian Casablancas. Com certeza ele está ensaiando uma carreira solo_ estava
sem os Strokes... Que pena, tinham bastantes pessoas com a camisa da banda na
plateia_ o show foi morno e sem graça, pois ele praticamente só cantou as músicas
de sua carreira solo... E eu pude reconhecer, ao vivo a sua voz realmente lembra
a de Lou Reed... A plateia não sabia cantar as musicas... E isso ajudou o show
a ser quase insosso... E só respondeu quando ele resolveu cantar o hino
strokiano Take or Leave it, aí sim, veio abaixo os fãs dele em delírio.
Imagine Dragons_ a banda do momento teve
show lotado... Eles responderam bem..._ mas a qualidade do som estava muito
ruim, e como a plateia era imensa, o show acabou deixando a desejar... _tocando
seus hits Tiptoe e It´s time. A hora que eles tocaram Radioactive eu não vi
pois eu migrei para o show da Lorde. Deve de ter sido um dos shows mais lotados
do Lolla, visto que eu não assisti NIN, e nem a Muse... Pois eu particularmente
não aprecio a Muse...Mas isto não vem ao caso.
Lorde_
a neo-zelandesa deu conta do recado. Ela é selvagem no palco... Ela lembra uma
mistura de Alanis Morissette e da Madonna (apenas no inicio da carreira, bem
lembrado).Com suas dancinhas insanas, o show ficou por conta do arranjador do
sintetizador, que era do carai... Lorde ainda precisa amadurecer os seus
trejeitos...
A
teen se mostrava encantada com o calor dos brasileiros_ pois como eu já disse,
deixamos de ouvir o vizinho latino para ouvir uma neo-zelandesa_, tendo direito
ao épico_ e já corriqueiro_ momento em que o artista de língua inglesa se
abraça á nossa bandeira e nos agradece, e castigou_ no bom sentido, é claro!_
nos hits... Tennis Court, Team, e a grammyada Royals levaram o publico ao
delírio. O show dela foi mediano, mas ela precisa comer muito arroz feijão para
aprender a dar conta de uma plateia de 40 mil pessoas do Lolla... Mas ela é
muito competente. Apesar da timidez, tem muitíssimo talento.
Veremos...
Soundgarden, e o Arcade Fire... O que será que vem por aí? O AF tem a dura missão de substituir o Depeche
Mode como linup do festival... Vamos
aí.
Por
hoje é só...
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