Pular para o conteúdo principal
Reflektor, o single do novo disco do Arcade Fire _  longe, muito longe de The Suburbs


Eu acabo de ouvir o novo single de Arcade Fire, a banda canadense de maior prestigio no indie nos últimos tempos. E digo. A proposta deles foi até interessante: um vídeo criativo, bizarro, cuja temática era o ato de se refletir... mas a música, deixa a desejar. Será que os Arcade vão se enveredar pelo caminho sem volta dos Strokes? Mudanças de sonoridade por enquanto parecem ter dado certo apenas com o Radiohead. Com o Strokes, por exemplo vimos no que deu... Sinto, pelo menos de início, que a banda que eu_ por enquanto, adoro_ começa a expandir os horizontes navegando em outras aguas turvas da criatividade fonográfica. Se vai dar certo, só Deus sabe.... Parece que a eles começam a faltar aquele brilho das belas músicas da época de Funeral, seu belíssimo disco de estreia, e do premiado The Suburbs, que lhes deu o Grammy de álbum do ano. A música escolhida como single me pareceu morna, confusa e sem graça. Muito longe de Ready to Start,  e das  Neigborhood 1 e 2.   Que eram consistentes, e liricamente belíssimas. Mas ainda é muito cedo para tecer um comentário mais "concreto". Preciso me acostumar mais com Reflektor, não é? Mas a música não me agradou. Parece  ter sido feita nas entrelinhas, pra confundir critica e fãs... bem ao contrário de seus outros sucessos anteriores. Ou é o prenúncio de uma mudança de sonoridade? Parece algo meio Radiohead... Musica eletrônica, ou house music, mas sem o indie cativante que os catapultou ao mainstream... A música é estranha, indefinível, confusa, mas quem sabe não seja um lapso de criatividade dos Arcade como foi com os Radiohead?  Parece que os Arcade  são só o casal Regine e Win Butler. Cadê o resto da banda? Parecem que não existem. Não têm vontade própria, a não ser obedecer aos deuses que é o casal Butler e Chassagne... Por que o casal  não se assume e faz um duo, como os White Stripes?
Confesso  que eu estava ansiosa pelo novo trabalho deles, pois são uma das bandas que mais gosto. Mas Reflektor me decepcionou. E o pior é que o single é a musica mais comercial de um álbum. Imagine as outras... Espero que esse disco não seja uma decepção. Tudo bem que não dá para fazer um Suburbs todos os dias, mas também, uma musica feita para nos confundir... não dá. Nós fãs ficamos chateados e decepcionados... A gente aprende a amar essas bandas, ora bolas!
Eu não queria ver mais uma banda indie se tornar sem graça como o Strokes se tornou. Não aguentaria tamanha decepção!  Não o Arcade Fire. Eles são muito grandiosos para ocorrer isso. São uma instituição indie! Mas ao que tudo indica... Estão caminhando pra esse caminho!
Vou esperar pelo álbum. Mas essa primeira musica... Não gostei. Esperava mais. O Franz Ferdinand, por enquanto, me surpreendeu mais. Amei Right Action e Love Ilumination mais do que essa Reflektor... Infelizmente, pois eu aprendi a amar o Arcade Fire.
nota: 9,5

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Emicida - DVD "10 anos de Triunfo" - Levanta e Anda part. Rael (Ao Vivo)

Emicida foi uma das maiores promessas que apareceu no rap/ hip e hop brasileiro nos Últimos anos. E o cantor paulista resolve unir forças ao também rapper Rael para fazer um clipe ao vivo, da famosa música de Emicida chamada "Levanta e Anda", clipe publicado no youtube em 23 de fevereiro, e essa faixa faz parte de seu DVD ao vivo 10 anos de Triunfo. Dá para perceber assistindo ao clipe que Emicida está totalmente entregue ao público ao dividir os microfones com o seu companheiro Rael, também paulistano, que aliás está com um CD recente lançado em 2016, chamado "Coisas do meu Imaginário". Segundo fontes, o DVD tem como previsão de data de lançamento abril próximo. As imagens do clipe mostram a dupla cantando a canção" que foi inclusa no CD DE 2013 O Glorioso Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui", de 2013, em show promovido em São Paulo, em 2017. E Emicida pretende assim realizar o primeiro filme de sua carreira. Tem direção de Fred Ouro Preto e aborda
Mais uma esplêndida  noite Indie! Aê, meus lindos, ontem eu tive o privilégio de apreciar mais um evento indie, no nosso querido Sesc Carmo ( olha o merchand!), a banda Garotas Suecas, que estavam apresentando o repertório de seu segundo disco,  Escute as Feras a ser lançado,  nas lojas de todo o Brasil,  em 15 de Setembro. Mas já com uma previa de download gratuito em seu site oficial. Corram lá. A banda, que é daqui de São Paulo, é composta por cinco integrantes, Guilherme Saldanha (voz e gaita), Thomaz Paoliello ( guitarra), Irina Bertolucci (órgão/ teclado), Fernando Machado_ Perdido (baixo) e Nico Paoliello (baterista), e tem como principal influencias bandas como Pavement e Velvet Underground. Nota-se também neles uma pequena semelhança com outra banda ótima do nosso circuito indie, Autoramas. Eles estão ativos desde 2005 e tem na bagagem o ótimo CD Escaldante Banda, que lhes alçou ao cenário roqueiro indie nacional. Eles já faturaram prêmios, como por exemplo, o  prêmio de

A La Mar, Vicente Garcia

A La Mar Vicente Garcia Vicente Garcia é quase desconhecido aqui no Brasil. Com aquele seu aspecto físico de cantor de reggae, na verdade ele mexe com muitos ritmos caribenhos, entre eles a bachata. Ele fez uma participação no premiado álbum da banda colombiana de pop Monsieur Periné, com a canção Nuestra Cancion, e está as voltas com a divulgação do seu álbum autoral, que gerou singles como Te Soné. Tratam-se de canções emolduradas pelos ritmos caribenhos que trazem em seu corpo letras reflexivas de um poeta que se desabafa diante das dificuldades de sua vida, e sua arte traz uma pintura do artista dominicano Nadal Walcott, nascido na republica dominicana pertencente a Cocolos, que por sua vez descendem de escravos africanos das ilhas caribenhas. Se trata de um álbum que retrata a cultura folclórica afro das Antilhas. Traz em seu corpo a interessante canção Carmesí, que retrata a convivência de casal, e traz arranjos de bachata. O álbum traz também a produção de Eduardo Cabra, o