O charme e a força das parcerias
Hoje faz um mês do passamento de
Lou Reed... Mas não sobre isso que eu vou falar! Tenho reparado que as últimas
premiações do Grammy, tanto o latino quanto o convencional, tem dado um grande
destaque aos chamados álbuns colaborativos em suas principais categorias de
premiação, que são Álbum do Ano e Melhor Álbum Alternativo. O álbum
colaborativo pode ocorrer quando o titular do disco cede a parceiros o direito
de compor as musicas juntamente com ele, ou apenas quando o outro entra com a
voz, como no caso de feature.
No Grammy de 2009, por exemplo, o
ex-Led Zeppelin Robert Plant resolveu se associar à cantora de folk
premiadíssima do Grammy (diz-se que ela já faturou mais de 25 gramofones desde
que começou a cantar) Alisson Krauss, e conceberam o belíssimo álbum Raising
Sand que venceu em categorias importantes como o Álbum do ano e em Gravação do
Ano, com Please, read the letter, que
nada mais era de que uma antiga parceria entre o roqueiro e seu guitarrista e
amigo de longa data Jimmy Page.
Também
na premiação gravação do ano, de 2013: o megahit Somebody that I use to know,
que é uma colaboração do australiano Gotye com a neo-zelandesa Kimbra, foi
agraciado com o gramofone.
Mas
a preferência da Academia de Artes Fonográficas Norte Americana pelo coletivo
não parou por aí. O Grammy Latino também entrou nessa, por exemplo, com a música Não há
nadie como tu, parceria do Calle 13, um grupo de reggaeton do Porto Rico, e a
banda de rock alternativo do México Café Tacvba, que foi premiada como Gravação
do Ano no Grammy de 2009.
Mais
o Grammy Latino de 2013 foi quem mais considerou essa nova tendência de
valorizar as parcerias. O álbum eleito como o melhor de 2013 é composto por
nada menos que 16 features! Draco Rosa, o ex-menudo que recentemente sofreu de
um linfoma ( já curado, felizmente) se uniu à nata da musica latina para compor
o álbum Vida, que tenta fazer uma releitura em uma perspectiva alegre de seu
sofrimento com a doença, com musicas cantadas por uma verdadeira constelação de
latinos, entre eles, Alejandro Sanz, Shakira, Calle 13, Tego Calderon, e o seu
ex-companheiro de banda Ricky Martin. São músicas sublimes, que mereceram a
estatueta.
E
por ultimo, na categoria de Álbum Alternativo, Temos Natalia Lafoucarde, que
resolve fazer uma homenagem a um cantor de cumbia, e fez features com
brasileiros como Gilberto Gil e Rodrigo Amarante, além de Meme do Café Tacvba.
Levando assim merecidamente a estatueta.
Como
eu já disse no artigo dedicado a Jay Z as parcerias rendem bons frutos.
Mas
nem sempre. No caso de Lou Reed e Metallica, com o Lulu, foi um fracasso
absoluto. Pois a critica ( e principalmente os fãs do Metallica) se recusaram a
“engolir” mais uma viagem vanguardista do ex-Velvet.
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