Pular para o conteúdo principal
E quando vem o declínio?

Artistas quando estão no auge, são muito bem vindos. Eles arrasam quarteirões... Ganham Grammy, Brit Awards, lotam estádios, resumindo, os seus discos vendem como água. Mas e quando o inverso ocorre? É quando eles começam a apresentar bloqueio criativo que decidem entrar em hiato.
Hoje eu vou falar de artistas que na minha opinião, já acabaram na prática, embora não oficialmente. São artistas que mesmo que continuam na ativa  oficialmente, a sua criatividade há muito já foi para o espaço. Seus álbuns atuais já não deixam seus fãs_ e a crítica_ satisfeitos, mas  eles teimam em continuar ativos.
Exemplos, existem aos montes. Mas vou dissertar sobre The Cure, Kaiser Chiefs, The Strokes, e a nossa linda Duffy.
The Cure é uma banda de pós punk fundada na Inglaterra, mas precisamente na cidade de Crawley, no ano de 1976. Conta com a mesma formação desde então, com o vampiro Robert Smith na liderança. Produziu discos emblemáticos na década de 80, como por exemplo, Seventeen Seconds, Pornography, Disintegration. Mas nos anos 90, logo após o sucesso arrasador de Disintegration, a banda parece ter perdido a mão definitivamente, o único lapso de brilhantismo foi o elogiado  Wish, que continha as ótimas Friday I'm  in love, que virou um megahit,, e Letter to Elise. Mas os outros discos, chamados Bloodflowers , autointitulado, e 4:13 Dream parecem álbuns feitos apenas para manter o The Cure na mídia. Nunca mais, pelo menos até o presente momento, o The Cure chega ao menos próximo do brilhantismo gótico de sua melhor fase, que é a trilogia Seventeen Seconds, Faith e o Pornography.
O Kaiser Chefs é uma banda já proveniente da onda indie dos 2000s. Eles estão ativos, (ainda, por incrível que pareça!) desde 2003. Foram capazes de produzis hits como Ruby, I predict the Riot, e seu primeiro CD, chamado Employment, é até escutável. Mas depois a banda desandou de vez, produzindo álbuns absolutamente dispensáveis. Enquanto bandas como Arcade Fire e Arctic Monkeys   foram se estabelecendo mais e mais no mainstream, Kaiser foi indo em direção ao underground. Seus integrantes sequer figuram em paginas de revistas conceituadas como Billboard e Rolling Stone. É o típico caso de uma banda que regrediu, tanto na crítica quanto no público. O que é uma verdadeira pena, pois pareciam ter vindo para fincar suas garras no público indie.
O The Strokes, eu já falei em artigos anteriores. Começaram a mil por fora no seu elogiadíssimo Is This It, fazendo um som a La Velvet Underground, com Jules Casablancas fazendo seu irresistível agudo à moda Lou Reed, mas é uma banda escutável até o seu segundo álbum, Room In Fire. O seu terceiro CD é um verdadeiro disparate, magoando a nós apreciadores do indie que eles se propuseram a fazer em 2001 no ITI, mas o quarto CD, Angles, foi um verdadeiro tiro no pé. Em nada se aparece com o Strokes que nos aprendemos a gostar... Parece uma mistura indigesta de Depeche Mode com A-ha. Musica eletrônica pura e simplesmente, querendo desesperadamente se inspirar no Daft Punk, mas não surte efeito. Mas tudo em nome da arte. O The Strokes,  é com certeza uma banda que já acabou na prática. Duvido muito que algo de bom saia dali num  próximo CD...
Duffy é uma galesa que fazia um som muito próximo do que Adele fez no 21. Fez um relativo sucesso, chegando ao seu álbum a ganhar Grammy em 2009 como álbum pop. Mas Duffy não sobreviveu a maldição do segundo disco. Seu disco Endless de 2010 é de dar sono. Duffy sumiu da música desde então, talvez traumatizada pelo pouco sucesso que Endless fez  e resolveu se aventurar pelo cinema...
O declínio chega para todos, esses exemplos dados são apenas uma gota no oceano dos artistas que sofrem de bloqueio criativo e parecem continuar na ativa  apenas pela falta de ousadia de admitir que eles já não são mais os mesmos. O que é uma pena, eles deviam de fazer isso, a critica, e  nós, os fãs, agradeceríamos.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Marc Anthony - Flor Pálida (Official Video)

Eminen faz um coletivo que atrai e se revolta contra as mazelas

Eminen, considerado um dos maiores artistas dos anos 90, volta à baila com uma super colaboração e um clipe muuito bom. A colaboração chama-se Detroit vs Everybody, e chama a atenção pelo numero de features que traz em sua composição. Alem do proprio Eminen cantam tambam os rappers Danny Brown, Big Sean, alem de nomes mais desconhecidos do grande publico como por exemplo Dej Loaf, Royce da 59 e ainda Trick Trick. O clipe tambem se rendeu ao charme do preto e branco. E mostra paisagens tipicas de Detroit enquanto os rappers vao mostrando as suas mensagens de luta e de nao conformismo. A grande sacada de Eminen, que todos dabem que é um grande visionario, é tentar mostrar as mazelas de Detroit atraves das imagens dos becos obscuros da cidade e atraves da otica de seus proprios moradores, que graças a Deus sao artistas e foi-lhe dado o dom de poder falar em nome de uma maioria castigada pelo sofrimento e pela desigualdade social. Na nossa opinião, Eminem é uma das figuras mais incriveis

George Michael, ícone do pop se vai no dia de Natal

George Michael, ícone do pop se vai no dia de Natal Seu passamento ainda não teve as causas esclarecidas. O cantor e compositor nos deixa aos 53 anos com uma carreira profícua e muito bem sucedida, com mais de 100 milhões de copias vendidas entre sua empreitada com a banda Wham, junto a Andrew Ridgley e seus trabalhos solos. Segundo a imprensa, sua morte se deu tranquilamente entre os festejos natalinos. Mas é certo que vinha tendo problemas de saúde há bastante tempo, tendo inclusive padecido com uma pneumonia que segundo o próprio quase lhe tirou a vida. Ele se chamava Geogios Kyriacos Panayiotou e tinha origem grega, seus parentes vindos de Chipre, mas nascera no norte de Londres. Em seu tempo na Wham lançou os sucessos Wake me Before you go go, I’m your man, e Freedom, e Careless Whisper, lançada em 1984, foi considerada um dos maiores hits do pop na época. Sua carreira solo desponta em 1987, ano de lançamento de Faith. Vendidas mais de 25 milhões de copias, ganha o álbum do ano