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Álbuns que encantam mesmo quem não é fã dos artistas

Álbuns que encantam mesmo quem não é fã Determinados artistas são tão incríveis que fizeram álbuns que até mesmo quem não é fã deles escuta e aprecia essa sua obra. O que causa isso? São álbuns que ultrapassam a fronteira do som e pega nossos ouvidos de jeito, pois sua qualidade sonora é tão forte que acaba nos encantando , trazendo para perto desses artistas e nos deixando curiosos para ouvirmos o “resto” produzido por eles. The Dark Side of the Moon_ Pink Floyd Roger Waters, David Gilmour e Cia. limitada estavam no auge da criação artística quando conceberam essa obra prima. São nove musicas que todas parecem ter vida própria. Desde a primeira, Speak to me/Breathe até o gran finale Eclipse, passando pelas incríveis The Great Gig in the Sky, com aquela voz feminina que intercala com a do vocalista, Time_ em que o famoso solo de guitarra de Gilmour e Us and Them, emoldurada com um saxofone, raríssimas vezes a alienação humana foi tão bem revisitada. A grande verdade é que o álbum é um clássico e uma ponte para iniciados em Pink Floyd se tornarem fãs dos caras de Cambridge. Nota: 9.0 Principais faixas: Time, , A Great Gig in the Sky, Us and Them Re, Café Tacvba Como deixar o Radiohead latino fora dessa lista? A sua maior obra prima, lançada em 1994, é um portal para quem nunca ouviu falar deles querer ouvir tudo que eles tenham feito antes e depois. O álbum é uma mistura de musica regional mexicana, rock alternativo e punk rock. Soa meio conceitual, mas não sombrio como a maioria dos álbuns conceituais, até por que a alegria latina é que o diferencia dos outros álbuns conceituais. El aparato e El Balcon são a intro e a outro do álbum, atando as suas duas pontas e o tornando bem coeso. La Ingrata, El baile e el salon e El punal é a tríade regional, emolduradadas pelo sol da musica latina. O rock alternativo que os aproximam do Radiohead está em El Ciclon, El Borrego. El metro é uma odisseia urbana para quem já viveu abandonado em uma estação de uma grande cidade. Tropico de Cancer é ska. E La negrita se aproxima da bossa nova. E La pinta, é ramones. Como não se render a uma mistura tão interessante? Nota: 9.5 Faixas de Destaque: El Ciclon, Tropico de Cancer, La Negrita, El Baile e el Salon, El Punal Ok Computer, Radiohead E por falar neles, é claro que não poderiam estar fora dessa lista. Depois de um começo meio incerto (e sem graça) calcado no rock de Seattle e um decolar interessante com The Bends, é nesse álbum que eles se diferenciam de todas as bandas da época. Se o Pink Floyd fez uma ode a alienação humana clássica, essa seria a sua resposta moderna. Uma mistura de conceitual e alternativo que até hoje é a sua obra prima. Com musicas como Airbag, que relata a alegria de sobreviver ao caos moderno. Paranoid Android, uma canção coesa sobre como é perigoso estar com pessoas sob efeito de drogas. O álbum se deslancha levemente, e não era essa a intenção dos artistas, com certeza, mas você vai querer ouvir todo o resto, com certeza. Subterran Homesick, sobre como ser um ser do subsolo. Ou um alienígena. Exit Music e Let down casa pontas soltas que tenham ficado na primeira parte do álbum. Karma Police parece uma balada, mas é acida. Enganando aos ouvidos desavisados. Fitter Happier , falada em vez de ser cantada, dá toda a tônica ao computador do titulo, dando-lhe vida. No Suprises é como Karma Police, delicada só na aparência, mas capaz de atropelar a todos. E o final com The Tourist fecha um álbum que nasceu para encantar e para transformar curiosos em fãs. Nota: 9.5 Faixas de Destaque: Paranoid Androide, Exit Music, Karma Police, Fitter Happier, The Tourist Parklife, Blur Damon Albarn e Cia. fazem desse álbum lindo até para quem está começando a ouvir rock. Ele começa com a animada Girls e Boys, que parece ser uma canção feita para emoldurar a nossa juventude ( animada e bonitinha na conta certa). Tracy Jack é também uma canção de muita personalidade é que começa com um riff hipnótico. End of a Century parece estar na mesma medida, pois segundo lendas falam da relação que o líder da banda tinha com os amigos com quem dividia apartamento nos primeiros anos da vida adulta. Bank Holiday é uma canção punk. Badhead, apesar de ter um começo de jingle comercial, desliza facilmente em nossos ouvidos. The Debt Collector é também nessa mesma linha da anterior, e divide o disco perfeitamente. Far Out é uma musica pungente, assim como a seguinte, To The End. Há uma animação com a pop Londres Lovers. Trouble, como o nome mesmo sugere, é forte e insistente. Clover Dover é bonitinha e a base de sintetizadores, parece ser romântica, mas só aparece. Jubilee é três acordes, forte e direta ao ponto. This a Low, pungente pois já é o fim do álbum. Lot 105 retorna ao Clash do primeiro álbum, e dura piuco, como tudo que é bom. Se você nunca ouviu falar do Blur, não escute esse álbum. Você vai se apaixonar perdidamente pela banda. Nota: 8.0 Faixas de Destaque: Girls e Boys, Parklife, End of a Century, Bank Holliday Selvagem?, Paralamas do Sucesso Ska, rock alternativo, hip hop, tudo presente e misturado nesse terceiro registro de estúdio da grande banda de Brasilia. A dama e o vagabundo é uma intro desse álbum genial, que tem lampejos de pop e de ska, algo que eles conseguem misturar com tanta maestria. É uma balada interessantíssima sob relacionamento. A novidade, com co autoria de Gilberto Gil, é talvez a faixa mais propensa a transformar você em seu fã. Um ska irresistível. O ska foi “inventado” por The Police, mas Soda Stereo (em seu primeiro álbum) e Paralamas ( em quase todos os seus álbuns antigos) foram os latinos que mais o adaptaram a nossa realidade. Alagados enaltece a beleza do Rio de Janeiro, mas sem deixar de lado a critica social. Marujo Dub é uma faixa instrumental que diz muito mais que algumas cantadas por aí. Melo do Marinheiro_ crítica social com humor. Selvagem? é hip hop na veia. Critica social emoldurada pelo ritmo vigente da época ( Run Dmc, né?) There’s a Party é muito engraçada e Você, de Tim Maia em ska, é algo de imperdível! Nota: 8.5 Faixas de Destaque: Selvagem?, A Novidade, Você, Alagados The Suburbs, Arcade Fire Desculpas, mas o Arcade Fire é a banda indie do século XXI. Os Strokes que me desculpem, apesar de estarem bem cotados também. Depois do começo esfuziante com Funeral_ quis soar tristonho depois da morte de parentes próximos dos lideres Win Butler e sua patroa Regine Chassagne, mas soa otimista e esperançoso_e do mais “fraco”_ mas interessante também_ Neon Bible é com The Suburbs que eles soam mais fortes e atraentes. O álbum é conceitual, mas consegue não ser sombrio, e sim esperançoso, sobre os subúrbios que Butler presenciou durante a infância em Woodland, Texas, que começa com a bonitinha The Suburbs, avança para Ready to Start, movida a sintetizadores_ o que depois ficará bem forte em Reflektor, seu atual álbum_Modern Man consegue ser pungente ao falar de quem cresce no subúrbio. Depois com a pungente Rococó, a belíssima_ e simples_ Empty Room que fala sobre estar sozinho_ essas são as musicas que encantam de verdade. Empty Room com o seu solo de violino _ e não de guitarra_ é rapidíssima e diz tudo em questão de segundos. City with no children é também otimista e sobre esperança. Como todo álbum conceitual, duas faixas de mesmo nome e ideias próximas. Suburban War com riff de teclado. Tudo isso para desembocar na ótima Month of May, punk até a raiz do cabelo, que segundo outros críticos já disseram, dá uma levantada no álbum. Wasted Hours dá outra vez uma sossegada no álbum, seguida da também pungente Deep Blue. We used to Wait, com riff de teclado, é bastante atraente também. Sprawl I só introduz a Sprawl II, que é magicamente interpretada por Regine, cantora de jazz. E o final, calmo e tranquilo com The Suburbs (continued); um álbum supremo, talvez, o melhor que o indie já conseguiu produzir. Nota: 9.0 Faixas de Destaque: Ready to Start, City with no Children, Month of May, Sprawl II ( Mountains beyond Mountains) Outros Exemplos: Cabeça Dinossauro (Titãs) 8.5 XX (The XX) 8.0 Ruber Soul (The Beatles) 9.5 The Queen is Dead (The Smiths) 8.5 Dois (Legião Urbana) 8.0 War (U2) 9.0 Nada Personal ( Soda Stereo) 8.0 Back to Black ( Amy Winehouse) 8.5 Come Away with me (Norah Jones) 9.0 Led Zeppelin IV ( Led Zeppelin) 9.5 Back in Black (AC/DC) 9.0 Ramones (Ramones) 8.0 London Calling ( The Clash) 9.5

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